Economia

Bolsas europeias tentam recuperação após perdas acentuadas

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postado em 15/01/2009 10:13
Os investidores buscam uma recuperação nas Bolsas europeias nesta quinta-feira (15/01), um dia depois de quedas acentuadas nos principais mercados - Londres fechou ontem em queda de quase 5% e Paris caiu mais de 4,5%. Mesmo assim, a expectativa pela decisão do Banco Central Europeu (BCE) sobre sua taxa de juros mantém a cautela no pregão de hoje. Os papéis do setor bancário registram perdas devido às previsões pessimistas sobre o trimestre passado e para este ano. Às 9h26 (em, Brasília), a Bolsa de Londres estava em queda de 0,56% no índice FTSE 100, indo para 4.157,17 pontos; a Bolsa de Paris tinha ligeira variação negativa de 0,04% no índice CAC 40, indo para 3.050,70 pontos; e a Bolsa de Frankfurt tinha queda de 0,25% no índice DAX, operando com 4.411,18 pontos. Na contramão, a Bolsa de Amsterdã tinha alta de 0,10% no índice AEX General, que estava com 247,56 pontos; a Bolsa de Zurique estava em alta de 0,80%, com 5.421,69 pontos no índice Swiss Market; e a Bolsa de Milão tinha alta de 0,33% no índice MIBTel, que ia para 14.787 pontos. A expectativa entre os investidores é que o BCE reduza sua taxa de juros para 2%, como forma de estimular investimentos e empréstimos para consumo, tirando a economia da zona do euro da recessão. No último dia 8, a Eurostat, a agência europeia de estatísticas, confirmou que a zona do euro entrou em recessão no terceiro trimestre de 2008, com uma retração de 0,2%, após uma queda também de 0,2% um trimestre antes. A queda confirma, assim, que a região passa pela primeira recessão desde a formação do bloco econômico europeu, em 1999. Uma recessão é definida pelos economistas como dois trimestres consecutivos de desempenho negativo do Produto Interno Bruto (PIB). O Banco da Inglaterra (BC britânico) já reduziu sua taxa de juros a 1,5% ao ano, a menor dos mais de 300 anos de história da instituição. No setor bancário, os papéis do HSBC caem com as especulações de que terá de levantar US$ 30 bilhões para honrar seus compromissos; as ações do banco caíam 4%. Também caíam as ações do Deutsche Bank (-2%), depois que o banco informou ontem que pode ter sofrido um prejuízo de mais de US$ 5 bilhões no quarto trimestre do ano passado. Ainda no setor bancário as ações do Barclays caíam 1,6%. No setor automobilístico também havia perdas, com destaque para a queda nas ações da Daimler (-4,1%) depois de informar que o número de emplacamentos de veículos da marca caiu 7,8% em 2008, a maior queda desde 1984.

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