Economia

CGTB quer ação do governo, empresários e trabalhadores para frear demissões

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postado em 15/01/2009 16:03
O trabalho conjunto entre governo, empresários e trabalhadores é ideal para frear as demissões que vêm ocorrendo nos setores afetados pela crise econômica, disse nesta quinta-feira (15/01) o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antônio Neto. Para ele, a proposta feita pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), de cortar horas de trabalho e reduzir os salários para evitar mais demissões, "é genérica", além de não garantir as vagas. A Fiesp propôs um acordo genérico, aberto para todo o mundo e isso tem que ser olhado cirurgicamente, caso a caso, para ver se a empresa precisa disso. Há setores que estão contratando, como é o caso do setor de vestuário. É isso que a gente tem que olhar criteriosamente, onde é que a gente precisa intervir, argumentou Antônio Neto, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional. Antônio Neto acredita que cada setor vive uma situação diferente Por isso, acrescentou, é preciso união dos setores público e privadas e dos trabalhadores para analisar cada área separadamente, encontrando, assim, a solução para o corte de pessoal. Ele também disse que a propostos dos empresários paulistas beneficia apenas as empresas. O empresariado está terrível, só querem o lado dele. Reduzir jornada, até os trabalhadores estão querendo discutir, mas sem nenhuma garantia, também é impossível afirmou. Segundo Antônio Neto, uma das questões que deve ser verificada para evitar mais cortes nas empresas é a redução da taxa básica de juros (Selic). Para o sindicalista, a alta dos juros é uma das principal causas das demissões, já que encarece os empréstimos e faz com que as empresas tenham dificuldade para obter capital de giro. A exemplo do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o sindicalista criticou as empresas a dispensa de trabalhadores por empresas beneficiadas por recursos públicos e redução de impostos. É impossível olhar a General Motors demitir 750 pessoas, como fez esta semana, depois de ter todo esse incentivo que o governo deu para o aumento da venda de automóvel, afirmou. "Eles querem resolver o problema imediato de fluxo de caixa deles, de capital de giro. Aí entra a questão dos juros."

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