Economia

Bancos derrubam Bolsas em NY; Dow Jones cai abaixo dos 8.000 pontos

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postado em 15/01/2009 17:51
O temor de que o Bank of America e o Citigroup, que divulgarão seus resultados trimestrais nos próximos dias, possam precisar de mais ajuda do governo derruba as Bolsas em Nova York nesta quinta-feira. O índice Dow Jones Industrial Average caiu abaixo dos 8.000 pontos desde novembro do ano passado. Às 16h10 (em Brasília) a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) estava em baixa de 1,97%, operando com 8.039,73 pontos no índice Dow Jones Industrial Average --pouco antes, o índice caiu até 7.995,29 pontos, o que não acontecia desde novembro do ano passado. O índice S 500, também da Nyse, estava em baixa de 2,41%, indo para 822,31 pontos. A Bolsa Nasdaq operava em baixa de 1,43%, indo para 1.468,35 pontos. O Citigroup deve divulgar seu balanço trimestral amanhã (16); as ações do banco caem hoje quase 19%. Já o Bank of America divulga seus resultados no próximo dia 20; as ações do banco caíam mais de 21%. "Não há fé no Bank of America e no Citi, eles precisam de mais dinheiro", disse o analista Todd Leone, da Cowen & Co em New York, à agência de notícias Reuters. "É como se fosse mais do mesmo que vimos no ano passado com o Lehman Brothers [que quebrou em setembro] e o Bear Stearns [vendido ao JPMorgan em março]. Não acho que [o Citi e o Bank of America] irão fechar, os dois são sólidos, mas existe essa sensação. O mercado quer subir, mas o setor financeiro está pressionando para baixo", disse. Os papéis do Bank of America caíam depois que uma reportagem do diário americano "The Wall Street Journal" ("WSJ") informou que a instituição estaria se movimentando para obter mais ajuda para concluir a compra do Merrill Lynch. Analistas temem, segundo o diário, que o banco tenha de dar outros passos para captar recursos a fim de concluir o Merrill e a companhia hipotecária Countrywide Financial. "Mesmo com ajuda do governo, achamos que os níveis de ativos tangíveis [do Bank of America] estão baixos em relação a outras instituições", disse ao "WSJ" o analista Stuart Plesser. O banco vai ter de cortar dividendos ou captar recursos nos próximos meses, afirmou. O Citigroup, por sua vez, um dos bancos mais atingidos pela crise financeira, teve de ser socorrido no fim de novembro pelas autoridades americanas, que deram garantia de mais de US$ 300 bilhões sobre seus ativos em troca de uma participação em seu capital.

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