Economia

Lula admite que demissões dobraram em dezembro de 2008

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postado em 15/01/2009 20:07
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu nesta quinta-feira (15/01) que levantamento oficial deve constatar uma média acima do comum de cerca de 600 mil dispensas em dezembro. O número ultrapassa a média de 300 mil a 400 mil na série histórica do mês. Os números oficiais referentes ao último mês do ano, reunidos pelo Ministério do Trabalho no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), deverão ser divulgados ainda neste mês. Ele ponderou que a geração de empregos em 2008 ficou bem acima do que é normalmente registrado, citando que até outubro foram gerados 2,1 milhões postos de trabalho. O presidente disse que pediu ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, para solicitar à montadora de veículos GM que pague os salários respectivos a março aos funcionários dispensados. Segundo Lula, ele foi informado que os empregados demitidos teriam contratos vencendo em março. Ele determinou ainda que os ministros do Trabalho, Carlos Lupi, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, elaborem relatório sobre quais setores estão demitindo mais no país e os motivos. O presidente também afirmou que a crise financeira mundial não deve ser motivo para os empresários tomarem medidas precipitadas. "A crise é motivo de preocupação, mas não pode ser motivo de nenhuma precipitação nem do governo e muito menos dos empresários", disse Lula, em Ladário (MS), ao ser questionado sobre decisão das centrais sindicais de paralisar as negociações com os empresários para evitar demissões devido à crise. Lula citou, entre as medidas medidas tomadas pelo governo para minimizar os impactos da crise, a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para estimular a venda de carros e a compra de parte do Banco Votorantim, detentor da maior carteira de carros usados do país, pelo Banco do Brasil. O presidente reiterou que anunciará outras medidas, ainda neste mês, para estimular o consumo e o crescimento da economia, e reafirmou que o Brasil é o país mais preparado para enfrentar a crise.

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