postado em 19/01/2009 08:52
A maioria dos economistas manteve a expectativa para o corte dos juros na primeira reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de 2009, nesta quarta-feira (21/01), dos atuais 13,75% para 13,25% ao ano.
Mas as instituições com maior número de acertos (o chamado Top 5) já apostam em uma redução maior, para 13% ao ano, segundo dados da pesquisa semanal Focus, do BC.
Os economistas também aumentaram as previsões de corte de juros ao longo de 2009. Agora, a expectativa é que a taxa encerre o ano em 11,25% ao ano, ante previsão de 11,75% a.a. feita na semana passada. A previsão para a Selic no final de 2010 caiu de 11,25% para 11% ao ano.
A queda maior dos juros deve ser impulsionada pela desaceleração da economia neste ano, devido aos efeitos da crise econômica.
Foi mantida a previsão de crescimento da economia em 2009 de 2%, abaixo dos 3,2% estimados pelo BC e dos 4% previstos no Orçamento deste ano para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas). Para 2010, está previsto um crescimento de 3,8%.
A estimativa para a produção industrial caiu de 2,50% para 2,15%. Para o próximo ano, está em 4,3%. A previsão para o dólar no fim deste ano ficou em R$ 2,30. Para 2010, está em R$ 2,28.
Inflação
Em relação às previsões de inflação, a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve como meta para o BC, caiu de 5% para 4,8% (2009) e ficou em 4,5% para 2010. A meta de inflação é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% no intervalo de tolerância (teto da meta).
Para este ano, a expectativa do mercado para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu de 4,93% para 4,91%; o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) recuou de 4,92% para 4,77%. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica) caiu de 4,55% para 4,54%.
A estimativa para o saldo da balança comercial ficou em US$ 14,5 bilhões. A expectativa para o déficit em conta corrente neste ano ficou em US$ 25 bilhões.
As previsões de investimentos estrangeiros diretos caíram de US$ 23,81 bilhões para US$ 23 bilhões. A previsão para a relação dívida/PIB caiu de 37% para 36,75%.