postado em 19/01/2009 09:11
O mercado de câmbio inicia os negócios desta segunda-feira (19/01) cotando o dólar comercial a R$ 2,327. O valor significa um decréscimo de 0,68% sobre a cotação de sexta-feira. O giro financeiro do dia pode ser prejudicado pelo feriado americano (o "Martin Luther King Jr. Day").
A posse de Barack Obama na presidência dos EUA é o grande evento desta semana. Há meses, investidores e analistas aguardam a troca de guarda na Casa Branca como ponto de partida para mudanças drásticas na política econômica americana. O próximo presidente dos EUA já adiantou algumas das medidas que pretende adotar, sendo a mais importante o plano de US$ 825 bilhões para investimentos na chamada "economia real".
Nas próximas semanas, portanto, o "drama" do mercado será o acompanhamento da tramitação desse pacote no Congresso americano.
Além da posse, agenda econômica externa também possui como destaques os números sobre a construção de casas e o boletim semanal sobre a demanda dos americanos pelos benefícios do seguro-desemprego, ambos na quinta-feira. E no cronograma de balanços previstos para esta semana, alguns dos destaques são a Apple, o Bank of New York Mellon Corp, o Google, Nokia e Xerox, entre outros.
Para os investidores domésticos, a atenção está voltada para a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que anuncia na quarta-feira a nova taxa básica de juros do país, hoje em 13,75% ao ano. A maioria dos analistas de bancos e corretoras projeta um ajuste para 13%, mas sem descartar uma redução mais "conservadora", para 13,25%.
Antes do Copom, os economistas avaliam os índices de inflação IPC, da Fipe-USP, hoje; a segunda estimativa do IGP-M, amanhã. Também deve merecer a atenção dos especialistas as projeções de inflação contidas no boletim Focus, do Banco Central, previsto para hoje.
Outra notícia que deve merecer repercussão à altura são os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que saem hoje, às 11h. O impacto da crise global na economia brasileira vem ficando cada mais claro a cada novo indicador econômico. E o próprio governo já advertiu que os números de dezembro devem ser piores do que o esperado, provavelmente ultrapassando a média de 300 mil a 400 mil dispensas na série histórica do mês.