Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas europeias sobem com espera por ajudas dos governos britânico e dos EUA

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As Bolsas europeias registram alta nesta segunda-feira (19/01). A expectativa dos investidores de que ações dos governos dos EUA e do Reino Unido consigam conter o avanço da crise econômica global animou os investidores. Às 10h02 (em, Brasília), a Bolsa de Londres estava em alta de 1,08% no índice FTSE 100, indo para 4.191,88 pontos; a Bolsa de Paris tinha alta de 1,03% no índice CAC 40, indo para 3.047,80 pontos; e a Bolsa de Frankfurt tinha alta de 0,69% no índice DAX, operando com 4.396,61 pontos; a Bolsa de Amsterdã tinha alta de 1,62% no índice AEX General, que estava com 252,58 pontos; a Bolsa de Zurique estava em alta de 0,13%, com 5.442,68 pontos no índice Swiss Market; e a Bolsa de Milão tinha alta de 0,56% no índice MIBTel, que ia para 14.816 pontos. As ações das empresas alemãs de fornecimento de energia E.ON e RWE subiam mais de 1%. No setor bancário, os papéis do Barclays subiam 3,1%, com o anúncio de uma previsão de ganhos que devem superar as expectativas. Além dessas, as ações da mineradora Rio Tinto subiam 3,9%. Na semana passada, os líderes democratas na Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados) apresentaram o projeto de lei de US$ 825 bilhões, como pediu Obama, para enfrentar a recessão do país nos próximos dois anos. O plano inclui US$ 275 bilhões em cortes de impostos, US$ 25 bilhões menos do que pedia Obama, assim como US$ 550 bilhões em investimentos em infraestruturas e em programas sociais e de eficiência energética. Lawrence Summers, principal conselheiro econômico do presidente eleito dos EUA, Barack Obama, disse ontem em um programa da rede americana de TV CBS que o foco do pacote de ajuda "não será a necessidade dos bancos, mas a necessidade da economia por crédito". Além dele, o principal conselheiro político de Obama, David Axelrod, disse em um programa da rede de TV ABC que os recursos do pacote de US$ 700 bilhões, aprovado no Congresso no ano passado, serão gerenciados pela nova administração "de uma forma muito diferente." Hoje o governo britânico anunciou um segundo pacote para o setor bancário, com o objetivo de estimular a concessão de crédito e impulsionar a economia e evitar problemas ligados à posse, por parte das instituições bancárias, de papéis de risco. O ministro das Finanças do Reino Unido, Alistair Darling, o plano foi necessário porque o pacote anterior, anunciado em outubro, de US$ 54,5 bilhões (R$ 127 bilhões), não deu o estímulo esperado ao fluxo de crédito. O plano anunciado hoje ainda envolve a criação de um fundo especial de 50 bilhões de libras (cerca de US$ 74 bilhões) para que o Banco da Inglaterra (BC britânico) para compra de papéis de melhor qualidade, entre outros ativos, das instituições bancárias. No setor bancário, no entanto, os papéis do Royal Bank of Scotland (RBS) tinham queda de 10%, ao anunciar que deve apresentar um prejuízo de 28 bilhões de libras (US$ 41 bilhões) referente ao todo o ano de 2008. O resultado, se confirmado, será o maior prejuízo já registrado por uma empresa do Reino Unido.