postado em 19/01/2009 20:31
O Distrito Federal encerrou 2008 com um acréscimo recorde de 154,27% na quantidade de empregos formais criados ; 26.245 contra 16.364 no ano passado. Trata-se do melhor resultado já obtido pelo DF na série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Entretanto, Brasília e as demais cidades que movimentam a economia local não escaparam a uma retração no último mês do ano: em dezembro, foram computadas 4.174 demissões aqui, queda de 0,76% com relação ao mesmo mês do ano passado.
Os elaboradores do resultado de dezembro do Caged atribuíram o recuo a razões sazonais ; entressafra agrícola, férias escolares, esgotamento da bolha de consumo do final de ano ; e também à crise financeira internacional, que refletido no país sob a forma de retração de crédito, queda no consumo, recuo da produção industrial e desestabilização do câmbio e da balança comercial.
O fechamento de vagas de trabalho em dezembro se deu em quase todos os setores da economia, com exceção da administração pública, onde as contratações cresceram 1,21%. Os principais responsáveis pela retração registrada no mês foram as atividades extração mineral (- 5,03%), construção civil (-3,16%) e agropecuária (- 2,11%).
Brasil demitiu em todos os setores
No Brasil, os efeitos da bolha econômica global se fizeram sentir, com força em dezembro, ocasionando a supressão de 654.946 empregos, pior resultado da série histórica para o país. O número de postos fechados cresceu 105,5% com relação a dezembro de 2007 e todos os setores da economia registraram mais demissões do que contratações, puxados pela indústria ; demissão de 273.240 funcionários com carteira assinada.
De acordo com números divulgados pelo Ministério do Trabalho, as regiões metropolitanas foram responsáveis por 20% desse resultado negativo, enquanto que várias cidades do interior geraram empregos. Entretanto, ao longo do ano, as capitais foram as responsáveis pela ascenção recorde do trabalho formal em 2008, contribuindo para que o Brasil encerrasse o ano com 1,4 milhão de novos postos.