postado em 20/01/2009 15:50
As bolsas europeias fecharam em baixa nesta terça-feira (20/01), com as preocupações dos investidores sobre o setor bancário. Mesmo com o ligeiro otimismo trazido pela posse de Barack Obama como presidente dos EUA, e a expectativa por novas ajudas ao setor financeiro, não bastou para restaurar a confiança na economia global.
A Bolsa de Londres fechou em baixa de 0,42% no índice FTSE 100, ficando com 4.091,40 pontos; a Bolsa de Paris caiu 2,15% no índice CAC 40, para 2.925,28 pontos; a Bolsa de Frankfurt teve baixa de 1,77% no índice DAX, fechando com 4.239,85 pontos; a Bolsa de Amsterdã teve baixa de 2,08% no índice AEX General, que ficou com 240,11 pontos; a Bolsa de Zurique caiu 1,12%, ficando com 5.321 pontos no índice Swiss Market; e a Bolsa de Milão teve baixa de 1,21% no índice MIBTel, que ficou com 14.359 pontos. "O setor financeiro continua a levar os mercados para baixo", disse o analista Hans Redeker, do BNP Paribas, à agência de notícias Associated Press.
As ações do banco JP Morgan Chase caíram 11%, e o Bank of America sofreu perda de 19% em suas ações, nos EUA. No Reino Unido, o Royal Bank of Scotland já anunciou que prevê que em 2008 tenha sofrido um prejuízo de US$ 41,3 bilhões --se confirmado, será o maior prejuízo já sofrido por uma empresa britânica.
O diário britânico Financial Times (FT) informou que o Bank of America (BofA) deve cortar cerca de 4 mil postos de trabalho, principalmente em suas operações no mercado de capitais em Nova York, devido à compra do Merrill Lynch. O BofA recebeu mais US$ 20 bilhões do governo para ajustar sua contabilidade, depois da compra do Merrill Lynch, e outros US$ 118 bilhões em garantias contra "perdas incomuns" devido à aquisição do Merrill. O Citigroup, por sua vez, teve um prejuízo de US$ 8,29 bilhões (US$ 1,72 por ação) no trimestre passado, e no ano, o tombo do banco foi de US$ 18,72 bilhões.
Solução distante
Os resultados e previsões bancários já anunciados ressaltou o temor dos investidores de que, mesmo com as ajudas anunciadas por governos europeus e pelos EUA, tanto bancos como empresas, e a economia global como um todo, ainda estejam distantes de uma solução.
Hoje a montadora Fiat anunciou uma parceria com a rival americana Chrysler; a italiana deverá ficar com 35% da rival, mas não deverá fazer pagamentos em dinheiro, e sim partilhar a tecnologia para veículos pequenos e de consumo mais eficiente de combustível.
O recém-empossado 44° presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse hoje que as condições da economia americana "pedem ações ousadas" para criar empregos e "estabelecer uma nova fundação para o crescimento". "A crise nos lembrou que sem um olhar vigilante, o mercado pode sair do controle", disse Obama em seu discurso após ser empossado.
Os líderes democratas na Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados dos EUA) apresentaram o projeto de lei de US$ 825 bilhões, como pediu Obama, para enfrentar a recessão do país nos próximos dois anos. O plano inclui US$ 275 bilhões em cortes de impostos e outros US$ 550 bilhões em investimentos em infraestruturas e em programas sociais e de eficiência energética.
Hoje a montadora Fiat anunciou uma parceria com a rival americana Chrysler; a italiana deverá ficar com 35% da rival, mas não deverá fazer pagamentos em dinheiro, e sim partilhar a tecnologia para veículos pequenos e de consumo mais eficiente de combustível.