Economia

Lucro da Ericsson cai 31% e 5 mil serão demitidos

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postado em 21/01/2009 10:29
A companhia sueca Telefon AB LM Ericsson registrou queda de 31% no lucro líquido do quatro trimestre de 2008 para 3,89 bilhões de coroas suecas (US$ 462,8 milhões), de 5,64 bilhões de coroas no mesmo período em 2007. Analistas consultados pela Factset previam lucro de 5,75 bilhões de coroas. O resultado inclui encargos de reestruturação de 2,3 bilhões de coroas, previstos no plano de redução de custos lançado em fevereiro de 2008. A companhia anunciou cinco mil demissões, ou 6,4% de um total de 78 mil empregados. Cerca de mil pessoas serão demitidas na Suécia, onde a empresa emprega mais de 20 mil. As vendas do quarto trimestre aumentaram 23% para 67,03 bilhões de coroas, mas o lucro operacional recuou para 6,21 bilhões de coroas, de 7,6 bilhões de coroas no mesmo período do ano anterior. De acordo com a companhia, o resultado operacional foi menor por conta da queda na contribuição de companhias associadas, incluindo a Sony Ericsson, a joint venture de telefones celulares com a japonesa Sony Corp. A Sony Ericsson informou prejuízo líquido no quatro trimestre por conta na queda das vendas e escassez de crédito. A companhia sueca propôs um dividendo de 1,85 coroa por ação para o ano de 2008, ante 2,50 coroas em 2007. A Ericsson disse ser difícil estimar o impacto da crise econômica global sobre o setor de telecomunicações. Até agora, ponderou, os negócios da empresa relacionados a infraestrutura foram muito afetados, mas "não seria razoável pensar que este será o cenário em todo o ano de 2009". A companhia disse que continuará a cortar custos no mesmo ritmo de 2008 com meta de economizar 10 bilhões de coroas anuais a partir do segundo semestre de 2010. O analista Thomas Langer, do WestLB, disse que os números foram um alívio dado o atual sentimento negativo que domina os mercados. "Eles alcançaram um bom crescimento de vendas em condições de mercado difíceis, especialmente no segmento de serviços e redes". O analista prevê mais dificuldades em 2009 e se disse preocupado com a ausência de diretriz, com o corte no dividendo e os custos de reestruturação da companhia.

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