Economia

Ministro do Equador diz que país resiste a novo corte da Opep

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postado em 21/01/2009 15:46
O ministro de Minas e Petróleo do Equador, Derlis Palacios, declarou hoje que, se a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) determinar outro corte de produção de petróleo, a medida "seria suportável" para o país caso isto ajudasse em uma recuperação dos preços do barril do produto. Em uma entrevista à Radio Quito, Palacios afirmou que "os cortes seriam suportáveis caso haja recuperação de preços", mas declarou que "se estas medidas não derem resultado no preço é lógico que não são benéficas" para o Equador. O ministro disse que existe a previsão de que "com a chegada do novo presidente dos Estados Unidos vai haver maior confiança nos mercados e se espera que não seja necessário chegar a um novo corte, pois em algum momento tem que se equilibrar a oferta e a demanda". Diante da eventualidade de a Opep pedir ao Equador outra redução da produção de petróleo, Palacios afirmou que "a decisão de (adotar) um novo corte é uma decisão que deve ser tomada pelo presidente (Rafael Correa)". Apesar desta possibilidade o "Equador manteria sua presença na Opep", pois há vantagens como "a troca de tecnologia, acesso a crédito e melhoras nas relações com os países-membros", disse o ministro. Por outro lado, o ministro falou da relação do governo com as petrolíferas Agip e Perenco, às quais pediu um corte de produção para poder cumprir a redução de 67 mil barris de petróleo diários que a Opep pediu ao Equador. A Agip extrai cerca de 24 mil barris por dia de petróleo equatoriano, enquanto a Perenco cerca de 7.000 barris por dia. Além disso, no dia 9 de janeiro o Ministério de Minas e Energia anunciou que analisa a possibilidade de encerrar, através de um acordo mútuo, os contratos com as duas empresas.

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