Economia

Bolsas europeias caem com recessão britânica e perdas no setor de energia

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postado em 23/01/2009 09:30
As Bolsas europeias operam em baixa nesta sexta-feira (23/01). Os papéis do setor de energia puxavam os principais indicadores para baixo com as expectativas de queda na demanda por petróleo. Além disso, a notícia de que o Reino Unido entrou em recessão também abalou a confiança dos investidores. Às 8h15 (em Brasília), a Bolsa de Londres estava em queda de 1,72% no índice FTSE 100, indo para 3.982,51 pontos; a Bolsa de Paris caía 2,51% no índice CAC 40, indo para 2.797,55 pontos; a Bolsa de Frankfurt tinha queda de 2,83% no índice DAX, operando com 4.100,22 pontos; a Bolsa de Amsterdã tinha baixa de 2,43% no índice AEX General, que estava com 229,73 pontos; a Bolsa de Zurique, estava em baixa de 1,26%, com 5.262,54 pontos no índice Swiss Market; e a Bolsa de Milão tinha baixa de 2,46% no índice MIBTel, que ia para 13.541 pontos. Mais cedo, o índice FTSEurofirst 300 - que reúne as ações das principais empresas europeias - tinham queda de 0,6%, para 757,88 pontos. No setor de energia, as ações da italiana Eni, da British Petroleum, Royal Dutch Shell e Repsol caíam entre 0,8% e 1,3%. Ontem, o barril do petróleo cru para entrega em março encerrou o dia cotado a US$ 43,67, preço US$ 0,12 acima do registrado na quarta-feira (21). O preço teve ligeira alta apesar de uma alta maior que o esperado das reservas petroleiras dos Estados Unidos. O Departamento de Energia informou que as reservas americanas de petróleo e gasolina cresceram em 6,1 milhões e 6,5 milhões de barris, respectivamente, muito acima das previsões dos analistas. Além disso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) tenta pressionar o mercado ameaçando um novo corte da produção. O ministro da Energia da Argélia, Chakib Khelil, disse que o cartel aplicará outra redução "se necessário" em março, em sua próxima reunião, em Viena, para sustentar os preços da commodity. No dia primeiro deste mês entrou em vigor um corte de 2,2 milhões de barris diários na produção do cartel. Mesmo assim, prevalece a noção de que, com a desaceleração econômica mundial, o consumo da commodity irá cair ainda mais - o preço em julho do ano passado chegou ao recorde de US$ 147,27; já o barril para entrega em fevereiro, cujos contratos expiraram nesta semana, chegou a recuar para US$ 32. O sinal mais recente dessa desaceleração foi a notícia de que o Reino Unido entrou em recessão pela primeira vez desde 1991, depois que a economia do país registrou forte desaceleração nos últimos dois trimestres de 2008, arrastada pela crise financeira global. O ONS (Escritório Nacional de Estatísticas) informou que, no quarto trimestre do ano passado, o PIB britânico registrou uma contração de 1,5% em comparação com o trimestre anterior, período também marcado por um índice negativo. A recessão é definida pelos economistas como dois trimestres consecutivos de crescimento econômico negativo. Outro sinal de que a economia europeia ainda vai passar por um período de aperto mais acentuado foi divulgado pelo INE (Instituto Nacional de Estatística), da Espanha: o país registrou uma forte alta do desemprego no quarto trimestre de 2008, com uma taxa de 13,91% da população ativa, contra 11,33% no trimestre anterior.

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