Economia

Obama chega ao Congresso para intensificar esforço de recuperação econômica

;

postado em 27/01/2009 15:57
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou nesta terça-feira (27/01) ao Congresso para intensificar seu esforço para lutar contra uma crise econômica que piora a cada dia e para convencer seus adversários republicanos a aprovarem um gigantesco plano de recuperação. Ele irá discutir com deputados e senadores republicanos o pacote de US$ 825 bilhões para estimular a economia americana. O presidente procura conquistar apoio tanto de democratas como de republicanos para a medida. O pacote seria aprovado apenas com os votos dos democratas, que são maioria no Congresso, mas o presidente quer que o apoio bipartidário esteja por trás da aprovação do pacote. Ontem, Obama disse que o Congresso não pode se permitir demorar na aprovação do pacote de estímulo à economia, de US$ 825 bilhões, que se encontra atualmente em negociação entre republicanos e democratas. Ele pediu uma decisão "rápida e extraordinária" e um "sentido de urgência e um objetivo comum" para a aprovação da medida. O senador republicano John McCain, ex-rival de Obama na disputa presidencial, afirmou neste domingo que não deve apoiar o plano de Obama já que ele não cria empregos suficientes para compensar as perdas dos últimos anos. "Deve haver grandes mudanças se nós queremos que [o plano] estimule a economia. Como está agora, eu não posso votar nele", disse o republicano, em entrevista à Fox. O estrategista político democrata Jaime Harrison disse, segundo a CNN, que Obama terá de conversar com os republicanos para integrar idéias da oposição ao pacote. Segundo ele, os cortes de impostos já incluídos na medida são um exemplo de boa vontade dos democratas em colaborar. "Esse é um pacote com uma série de coisas diferentes - de cortes de impostos e investimentos em infraestrutura, e isso tem tudo a ver com empregar pessoas e dar descontos em impostos para os trabalhadores", afirmou. Democratas Segundo a proposta apresentada pelos democratas, o plano será composto por US$ 275 bilhões relativos a reduções de impostos e US$ 550 bilhões em investimentos prioritários programados. Obama já teve uma primeira recepção favorável à medida no último dia 21, quando o Comitê de Apropriações da Câmara (que controla projetos de leis e de gastos públicos) aprovou um pacote de US$ 358 bilhões, por 35 votos a 22. O valor do pacote pode inclusive ultrapassar os US$ 825 bilhões propostos inicialmente, disse na semana passada o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs. Mesmo com os democratas será preciso haver alguma negociação. "O pedido do presidente por um compromisso foi compeltamente ignorado por deputados democratas que querem usar um momento de crise econjômica para custear suas próprias prioridades sob o disfarce de estimular a economia", disse o deputado republicano Mike Pence, que acusou os democratas de se aproveitarem do momento em nome de objetivos particulares. "A legislação democrata não vai estimular nada além de mais interferência governamental e mais endividamento."

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação