Economia

Bovespa sofre queda de 1,66%; dólar avança 0,74%, a R$ 2,292

;

postado em 29/01/2009 13:39
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) devolve boa parte dos ganhos apurados ontem na jornada desta quinta-feira (29/01). Mesmo com a aprovação do pacote anticrise na Câmara americana, o mercado não resiste a uma bateria de indicadores ruins nos EUA e ao prejuízo bilionário da Ford. O câmbio parou de cair e já atinge R$ 2,29. O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, cede 1,66%, aos 39.559 pontos. O giro financeiro é de R$ 991 milhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York recua 1,22%. O dólar comercial é cotado por R$ 2,292 na venda, o que representa um avanço de 0,74%. A taxa de risco-país marca 419 pontos, número 1,69% acima da pontuação anterior. Ontem à noite, a Câmara dos Representantes dos EUA (Deputados) aprovou o pacote anticrise de US$ 819 bilhões proposto pela administração Barack Obama. O projeto deve seguir para apreciação no Senado, onde analistas temem que enfrente maiores resistências por parte dos legisladores republicanos. Entre as principais notícias do dia, a fabricante americana de veículos Ford Motors anunciou um prejuízo de US$ 5,9 bilhões no quarto trimestre. Em 2008, as perdas totais somam US$ 14,57 bilhões, ante um prejuízo de US$ 2,72 bilhões registrado no exercício de 2007. O Departamento de Trabalho dos EUA informou que o número de beneficiados pelo auxílio-desemprego atingiu o número recorde de 4,78 milhões de pessoas, até a semana encerrada no último dia 17. Trata-se do maior número desde 1967, início da série histórica. E outro órgão do governo americano, o Departamento de Comércio, revelou que as vendas de imóveis novos despencaram 14,7% em dezembro, o pior desempenho desde 1963. No front doméstico, a ata do Comitê de Política Monetária do BC (Copom), divulgada hoje, mostrou que o Banco Central já prevê que a inflação possa ficar abaixo da meta de 4,5% neste ano e em 2010. Para a instituição, a probabilidade de que pressões inflacionárias "inicialmente localizadas" apresentem riscos para a inflação futura diminuiu. Analistas afirmam que o documento reforça a expectativa de que a taxa Selic caia nos próximos meses. A FGV revelou que o IGP-M apontou deflação de 0,44% em janeiro, ainda mais acentuada do que o esperado por boa parte dos analistas do setor financeiro (deflação de 0,40%).

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação