Economia

Honda reduz previsões de vendas em mais da metade

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postado em 30/01/2009 10:54
A fabricante japonesa de veículos Honda Motor anunciou nesta sexta-feira (30/01) uma redução de mais da metade de suas previsões de lucro líquido para o ano fiscal 2008-2009 (que termina em março deste ano), e anunciou que espera uma redução de 44% das rendas nos últimos nove meses. De outubro a dezembro, o lucro da segunda montadora de automóveis do Japão caiu 89,9% por causa da crise econômica mundial. O setor automobilístico passa por um momento de crise aguda, tanto no Japão como em outros países. Nesta segunda-feira (26) a Toyota Motor informou que neste ano sua produção cairá para menos de três milhões de veículos no Japão - número visto como limite necessário para manter o emprego de 70 mil trabalhadores em tempo integral. Segundo o jornal "Yomiuri", seria a primeira vez que a produção ficaria abaixo desse limite desde 1979 --quando o total de veículos produzidos no Japão por Toyota foi de 2,99 milhões de unidades. Nos EUA, o setor passa por um aperto ainda maior. Ontem, a Ford informou ter registrado um prejuízo de US$ 14,6 bilhões no ano passado, tornando 2008 o pior da história da empresa. Apesar do terceiro ano consecutivo de perdas --em 2007, as perdas somaram US$ 2,72 bilhões--, a companhia reafirmou que ainda não precisa de ajuda financeira do governo para fechar suas contas. A Ford é, das três grandes montadoras americanas - as outras são a General Motors e a Chrysler -, a que vinha mostrando um desempenho mais favorável, sendo a única a abrir mão da ajuda financeira oferecida pelo governo em dezembro. Na quarta-feira (28) a GM recebeu a segunda parte do empréstimo de US$ 9,4 bilhões concedido pelo governo dos Estados Unidos, segundo documento divulgado no site do departamento do Tesouro. A GM havia embolsado a primeira parte do empréstimo - US$ 4 bilhões - no dia 31 de dezembro. No mês passado, o governo americano anunciou uma ajuda de até US$ 17,4 bilhões para o setor automobilístico, tirados do pacote de US$ 700 bilhões aprovado em outubro e destinado inicialmente a resgatar empresas do setor bancário com problemas ligados a papéis "podres" (com alto risco de calote).

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