Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas em NY têm alta com lucro da Exxon e queda menor que o previsto no PIB

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As Bolsas americanas operam em baixa, pouco depois da abertura nesta sexta-feira (30/01). Os índices chegaram a subir no início do pregão, depois que o Departamento do Comércio informou que o PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA teve uma queda menor que a esperada no trimestre passado, além da divulgação de um lucro recorde da petrolífera Exxon Mobil. Às 13h06 (em Brasília), a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) estava em baixa de 0,40% no índice Dow Jones Industrial Average, que ia para 8.116,03 pontos, enquanto o S 500 caía 0,53%, para 840,67 pontos. A Bolsa Nasdaq operava em baixa de 0,36%, indo para 1.502,36 pontos. O governo informou que a economia dos EUA recuou 3,8%, ante recuo de 0,5% no terceiro. Trata-se do pior desempenho trimestral desde o primeiro trimestre de 1982 (ano em que o país também passava por uma grave recessão), quando a queda foi de 6,4%. Com dois trimestres consecutivos de queda no PIB, o país agora se enquadra no critério de recessão mais aceito entre os economistas. O resultado, apesar de negativo, foi menos catastrófico que o previsto pelos economistas, que previam uma queda de 5,4%. No ano passado como um todo, o crescimento foi de 1,3%, abaixo dos 2% de 2007 e o menor resultado anual desde 2001 - período em que o país foi atingido por outra recessão. A petrolífera americana Exxon Mobil, por sua vez, informou que teve um lucro de US$ 45,22 bilhões em 2008, o maior já registrado por uma companhia dos EUA. A companhia, assim, quebrou o próprio recorde, estabelecido em 2007, quando anunciou um lucro de US$ 40,6 bilhões. No quarto trimestre, no entanto, os resultados refletiram a queda no preço do petróleo - que de US$ 147,27 em julho chegou a US$ 33 em dezembro. O lucro da empresa entre outubro e dezembro caiu 33% na comparação com o mesmo período um ano antes. Outros dados mostram que as preocupações sobre a economia mundial ainda estão longe de terminar. No Japão, o grupo do setor de produtos eletrônicos NEC anunciou o corte de 20 mil postos de trabalho no mundo. Além disso, o grupo industrial japonês Hitachi anunciou que vai cortar 7 mil empregos em seus setores de eletrônica. O governo do Japão, por sua vez, informou que a produção industrial do Japão caiu 9,6% em dezembro, maior desde 1953, e o desemprego no país chegou a 4,4% no mês passado, contra 3,9% em novembro.