Economia

Desemprego sobe para 8% na Europa

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postado em 31/01/2009 09:21
Dispensa de mão-de-obra aumenta entre países europeus e leva milhares de pessoas a movimentos de protestos. Greves contra congelamento de salários e contratação de temporários proliferam A taxa de desemprego na zona do Euro em dezembro subiu para 8% ; a maior desde novembro de 2006 e acima das estimativas de analistas ; ante a taxa revisada para cima de 7,9% em novembro, informou a Eurostat, agência estatística da União Europeia. Na Alemanha, o sindicato dos serviços Verdi convocou greves de advertências para a próxima semana para apoiar as reivindicações salariais dos 700 mil empregados do setor. Na França, o governo prevê ;dados ruins; para o desemprego em dezembro, que serão anunciados depois de amanhã. A última quinta-feira reuniu entre 1 milhão e 2,5 milhões de pessoas em um movimento de protesto contra a política econômica do presidente Nicolas Sarkozy. Outro dado econômico da zona do Euro é o da inflação, que recuou este mês ao menor nível em quase 10 anos. De acordo com a Eurostat, os preços ao consumidor nos 16 países que usam o euro como moeda subiram 1,1% em janeiro, na comparação anual, ritmo que foi visto pela última vez em julho de 1999. A variação ficou abaixo dos 1,6% de dezembro e da alta de 2,1% de novembro. O Banco Central Europeu (BCE) trabalha para manter a inflação um pouco abaixo de 2% e diversos membros do comitê de política monetária da instituição já disseram estar preocupados, já que a inflação não deveria cair para patamar muito abaixo da meta. Eles refutaram, entretanto, qualquer risco de deflação. A baixa variação nos preços e o avanço do desemprego são fatores que pressionam o BCE a reduzir os juros. Bancos Milhares de trabalhadores entraram em greve ontem no Reino Unido para protestar contra a contratação pela empresa Total de imigrantes italianos e portugueses, num momento em que a recessão está se instalando no país. As greves transcorreram pacificamente em uma dezena de locais ligados a setores de energia na Inglaterra, na Escócia, no País de Gales e na Irlanda do Norte, e não tiveram efeito sobre a produção, destacaram as empresas afetadas pelo movimento, entre as quais as petroleiras Total, Shell, BP e ExxonMobil. O movimento começou quarta-feira na refinaria Total de Lindsey, no leste da Inglaterra, a terceira maior do país com 200 mil barris por dia. O grupo francês, presente há 40 anos, emprega 550 pessoas em Lindsey, além de 200 a mil imigrantes temporários. Na Bélgica, o governo anunciou um novo acordo sobre a venda do BNP Paribas de ativos belgas da holding financeira Fortis, na qual o grupo francês se nega a comprar o essencial das atividades de seguro. É uma tentativa do Estado belga e do BNP Paribas de acalmar os ânimos dos pequenos acionistas do Fortis em um caso que já levou à demissão do primeiro-ministro belga, Yves Leterme. O outro grupo franco-belga, Dexia, socorrido no fim de setembro pelos governos francês, belga e luxemburguês, anunciou a demissão de 900 pessoas. Na Alemanha, uma reunião ocorreu ontem na chancelaria em Berlim para estudar a criação de uma estrutura para comprar os ativos invendáveis dos bancos. Essa estrutura compraria os ativos podres dos bancos com o objetivo de revendê-los mais tarde, quando a situação será normalizada.

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