Economia

Economistas preveem crescimento abaixo de 2% em 2009, diz pesquisa do BC

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postado em 02/02/2009 09:02
Os economistas ouvidos pelo Banco Central na pesquisa Focus reduziram as previsões de crescimento da economia de 2% para 1,8% em 2009, devido aos efeitos da crise financeira. O resultado está abaixo dos 3,2% estimados pelo próprio BC e dos 4% previstos no Orçamento deste ano para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas). Para 2010, está previsto um crescimento de 3,8%. Junto com a desaceleração da economia, os analistas financeiros também esperam uma queda maior da taxa básica de juros neste ano. De acordo com o levantamento realizado na semana passada, a previsão para a taxa Selic no final do ano caiu de 11% para 10,75% ao ano. Em janeiro, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) cortou a taxa Selic de 13,75% para 12,75% ao ano. Foi o maior corte de juros em cinco anos, motivado pela desaceleração da economia verificada nos últimos meses. Inflação Em relação às previsões de inflação, a expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que serve como meta para o BC, caiu de 4,64% para 4,60% (2009) e ficou em 4,5% para 2010. A meta de inflação é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% no intervalo de tolerância (teto da meta). Para este ano, a expectativa do mercado para o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) ficou em 4,49%; o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) recuou de 4,41% para 4,24%. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica) ficou em 4,50%. A previsão para o dólar no fim deste ano ficou em R$ 2,30. Para 2010, está em R$ 2,29. A estimativa para a produção industrial se manteve em 2%. Para o próximo ano, recuou de 4,05% para 4%. Para o saldo da balança comercial, caiu de US$ 14,5 bilhões para US$ 14 bilhões. A expectativa para o déficit em conta corrente neste ano ficou em US$ 25 bilhões. Os investimentos estrangeiros diretos ficaram em US$ 23 bilhões.

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