Economia

Espanha responsabiliza bancos pela crise econômica

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postado em 03/02/2009 11:10
O ministro espanhol da Indústria, Miguel Sebastián, afirmou nesta terça-feira (03/02) que os bancos "são os principais culpados desta crise", e que o governo está perdendo a paciência com as entidades financeiras pelas restrições ao crédito. Em entrevista à rádio Antena 3, Sebastián lamentou o novo aumento do desemprego, que chegou a números "muito maus e muito duros", antecipando que este primeiro trimestre do ano "seja o pior". "Todos temos que fazer alguma coisa. A começar pelos bancos, que são os responsáveis e têm que ser os protagonistas para sair da crise. Têm que fazer um exercício de responsabilidade neste país e ampliar a situação do crédito", disse. "Esperamos que os bancos cumpram", disse o ministro, afirmando que se não o fizerem, o governo "atuará". "Posso garantir que o dinheiro acabará por chegar", disse, reiterando que os desempregados "são hoje a principal preocupação do governo" e que "ninguém vai ficar abandonado à sua sorte". Desemprego Os comentários de Sebastián surgem após o aumento de 6,35% no número de desempregados em janeiro (para 3,33 milhões) em comparação a dezembro do ano passado. Somente em janeiro juntaram-se às filas dos desempregados quase 200 mil pessoas, com um aumento acumulado de 47,12% no número de desempregados em comparação ao ano anterior. No período, o desemprego aumentou em todos os setores, especialmente serviços (7,69%), na indústria (7,82%), na construção (2,91%) e na agricultura (5,46%). Entre os estrangeiros, o aumento do desemprego foi ainda maior, de 9,38% para 449 mil pessoas. Em relação a janeiro de 2008, o número de imigrantes desempregados aumentou 86,74%. Os comentários de Sebastián surgem depois do chefe do governo, José Luís Rodríguez Zapatero, ter se reunido durante quatro horas, na tarde de segunda-feira, com os banqueiros espanhóis, a quem pediu "um esforço adicional" na concessão de crédito. Os responsáveis do setor afirmaram que a procura de crédito caiu devido à má situação econômica e ao fato de haver pedidos de pessoas ou empresas não solventes.

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