Economia

Brasil amplia acordo de US$ 30 bi com BC dos EUA por mais seis meses

;

postado em 03/02/2009 13:43
O Banco Central do Brasil anunciou nesta terça-feira (03/02) a ampliação do acordo de troca de reais por dólares com o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) por mais seis meses. O prazo dessa linha, que tinha validade até abril de 2009, foi estendido até 30 de outubro deste ano. Esse acordo, firmado em outubro do ano passado, garante ao Brasil um reforço de até US$ 30 bilhões nas reservas internacionais - que hoje somam cerca de US$ 205 bilhões - e funciona como uma espécie de linha de crédito que o país poderá usar durante esse período de crise. Até o momento, o Brasil não utilizou o dinheiro. Ao contrário dos acordos firmados na última década com o FMI (Fundo Monetário Internacional), essa linha não obriga o Brasil a mudar a sua política econômica. Para ter acesso aos dólares, o país precisa apenas transferir o valor equivalente em reais para a conta do Fed, como garantia. A possibilidade de ter mais esse dinheiro em caixa ajuda do BC a atuar no mercado de câmbio e evita que a falta de dólares pressione a cotação da moeda norte-americana. De acordo com o BC do Brasil, o acordo é parte da estratégia de atuação da instituição no combate aos efeitos da turbulência financeira internacional sobre a economia brasileira. "A extensão do swap [troca] de moedas recíproco com o Federal Reserve no montante de US$ 30 bilhões demonstra confiança nos fundamentos da economia brasileira, ao mesmo tempo em que amplia a capacidade do Banco Central de prover liquidez no mercado cambial. A medida reforça a posição do Brasil entre os países com políticas econômicas saudáveis e importância sistêmica, segundo os critérios do Fed", disse o presidente do BC, Henrique Meirelles, em nota. Além do Brasil, outros países que faziam parte desse acordo também foram beneficiados com a extensão do prazo. O anúncio de hoje inclui também os acordos de swaps entre o Fed e os bancos centrais da Austrália, Canadá, Cingapura, Coreia, Dinamarca, Banco Central Europeu, Banco da Inglaterra, México, Noruega, Nova Zelândia, Suécia e Suíça.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação