Economia

Bovespa ganha fôlego e fecha em alta de 2,79%

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postado em 03/02/2009 18:54
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ganhou impulso com a recuperação nas Bolsas americanas e fechou em alta, favorecida principalmente pelos papéis de Petrobras e Vale do Rio doce, os papéis mais movimentados. O câmbio recuou para R$ 2,32. O termômetro da Bolsa de São Paulo, o Ibovespa, valorizou 2,79% no fechamento e marcou os 39.746 pontos. O giro financeiro foi de R$ 3,39 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York avança 1,80%. Lá fora, alguns comentaristas atribuíam os ganhos em Wall Street com expectativas sobre as medidas de estímulo à economia que tramitam no Congresso dos EUA. A ação preferencial da Petrobras, com movimento de R$ 501 milhões, teve avanço de 3,60%, enquanto a ação da Vale, com giro de R$ 523 milhões, disparou 4,50%. "O setor bancário ajudou bastante hoje, com [a ação do] Banco do Brasil subindo 3% hoje, e as ações da Vale e Petrobras puxando o mercado, mais uma vez. Mas o que foi importante mesmo foi Dow Jones, que acelerou nas últimas horas", comenta Fábio Prandini, operador da corretora Elite. "Esses últimos balanços ruins, o mercado já sabe que são consequência da crise lá de trás, e alguns até vieram até melhor do que o esperado. Já está na hora do mercado olhar com um pouco menos de terrorismo alguns desses números", acrescenta. O dólar comercial foi negociado por R$ 2,321 para venda, em declínio de 0,12%. A taxa de risco-país marca 411 pontos, número 2,83% abaixo da pontuação anterior. Mercado oscilante "O mercado ainda está à espera de uma definição sobre a situação da economia e está realmente andando "meio de lado´ (jargão para oscilações sem tendência definida). O volume de negócios ainda não está muito aquecido e, às vezes, qualquer operação pode definir os preços do dia", comenta Luiz Fernando Moreira, operador da corretora de câmbio Dascam. Dados do dia O crescimento de 6,3% das vendas de imóveis pendentes em dezembro, contrastando com uma queda de 4% em novembro, animou o mercado, num dia mais uma vez de balanços de grandes empresas com perdas bilionárias. A Motorola anunciou prejuízo de US$ 3,6 bilhões no quarto trimestre, enquanto a Dow Chemical revelou perdas de US$ 1,5 bilhão em idêntico período. As notícias não foram muito melhores no front doméstico: o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que a produção industrial do país teve sua pior queda desde 1991 (início da série histórica): uma retração de 12,4% em dezembro ante o mês anterior. Para completar o quadro, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que o faturamento da indústria brasileira caiu 16,2% no último trimestre de 2008. Também admitiu que já avalia a possibilidade de que o Brasil registre uma recessão técnica - dois trimestres seguidos de queda na atividade econômica - devido aos efeitos da crise financeira. A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) no município atingiu 0,46% em janeiro, segundo leitura da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

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