Os preços do petróleo fecharam em leve alta nesta terça-feira (3/02) em Nova York, sustentados pelo corte de produção da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep), que está tentando compensar a queda da demanda mundial decorrente da crise econômica. No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de 'light sweet' para entrega em março subiu US$ 0,70 em relação ao fechamento de segunda-feira, terminando a US$ 40,78. Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em março ganhou US$ 0,26 centavos, fechando a US$ 44,08.
"Os preços são sustentados pelos dados mostrando que a Opep reduziu sua produção em um milhão de barris por dia (mbd) no mês passado", destacou Phil Flynn, da Alaron Trading, que acredita, no entanto, que "nada indica que a demanda vai se recuperar a curto prazo".
A Opep anunciou cortes de produção de 4,2 milhões de barris por dia desde setembro, mas alguns analistas duvidam que todos os membros do cartel respeitarão as cotas. Além disso, os preços também foram sustentados por uma ameaça de greve dos trabalhadores do setor petroleiro na Nigéria, o maior produtor africano de ouro negro.
Procurando direções
"O mercado ainda está procurando uma direção clara, mas a conjuntura não mudou", comentou, por sua vez, Antoine Halff, do Newedge Group.
O mercado continua deprimido pelo acúmulo de sinais de degradação da economia, evidenciada em 2008 pela primeira retração da demanda mundial de petróleo registrada em 25 anos. Segundo vários analistas, esta retração pode aumentar em 2009.
Segundo Halff, os preços do barril podem até cair abaixo dos 30 dólares nos próximos meses. "As estatísticas seguem sendo extremamente negativas", afirmou.
Os analistas também temem um novo aumento dos estoques semanas, cujos dados devem ser publicados amanhã (quarta-feira).