O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, pediu nesta quarta-feira (4/02) aos líderes mundiais que adotem medidas de estímulo para "tirar o mundo da depressão". "Os líderes do mundo devem chegar a um acordo sobre medidas de estímulo monetário e fiscal para tirar o mundo da depressão", afirmou Brown na Câmara dos Comuns.
Essa é a primeira vez que o líder britânico utiliza o termo "depressão" para qualificar a atual crise, que já consolidou a posição de recessão (dois trimestres consecutivos de PIB negativo) em uma série de países, entre eles o Reino Unido.
Em seu discurso, Brown também ressaltou a importância de se avançar nas discussões em torno da Rodada Doha, no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), para liberalizar o comércio mundial. A defesa ocorreu em conjunto à crítica ao protecionismo que algumas nações têm adotado como forma de se proteger da crise.
"O maior perigo que o mundo enfrenta é uma volta do protecionismo", afirmou aos legisladores de seu país em audiência para discutir a crise.
"Esta é a principal razão pela qual devemos assinar Doha... E depois, nós precisamos assegurar que todos os países sejam julgados pelo que tem feito para prevenir o protecionismo." Brown também afirmou que é "absolutamente claro" que os líderes mundiais precisam chegar a um acordo maior de estímulos monetários e ficais que tire o mundo da depressão, que costuma usar no lugar de tal palavras as expressões recessão e desaceleração.