Economia

Empresário japonês é preso por fraude bilionária

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postado em 05/02/2009 10:31
O empresário japonês Kazutsugi Nami, 75, dono de uma empresa de colchões e camas que criou uma moeda paralela e um esquema de pirâmide - como o que foi armado pelo investidor americano Bernard Madoff, preso em dezembro--, foi preso por uma fraude estimada em 126 bilhões de ienes (US$ 1,411 bilhão) que afetou 37 mil pessoas. A polícia confirmou a prisão de Nami, proprietário da empresa falida "L and G", e de 20 colaboradores, mas não revelou o valor da fraude. Segundo a agência de notícias Jiji, as suspeitas são de que Nami arrecadou desde 2001 vários bilhões de ienes para realizar investimentos, com a promessa de rendimentos gigantescos, de até 36% ao ano, o que não conseguiu cumprir. Alguns meios de comunicação calcularam a fraude em até 226 bilhões de ienes (2,567 bilhões de dólares) e o número de vítimas em 50 mil. Kazutsugi Nami também emitiu em 2004 uma moeda eletrônica virtual, batizada de "enten", combinação de dois ideogramas que significam "iene" e "paraíso", que era utilizada em vários hotéis e lojas. Por um mínimo de 100 mil ienes pagos a Nami, os clientes recebiam o equivalente em "enten" e podiam recuperar, em tese, os investimentos ao fim de 12 meses. Em reuniões com os investidores, Nami prometia "revolucionar a economia mundial", transformando o "enten" em moeda única planetária, o que segundo ele salvaria o mundo e o transformaria em um "paraíso de luz", segundo a imprensa. Pirâmide Madoff cumpre prisão domiciliar em sua casa de Manhattan depois de ter sido detido, em 11 de dezembro, por um esquema de fraude que chegou a US$ 50 bilhões. A firma de investimento dele foi investigada em pelo menos oito ocasiões em 16 anos pelos reguladores americanos, devido às suspeitas que despertava seu funcionamento, segundo o "Wall Street Journal". O esquema de Madoff é baseado em um sistema Ponzi - pelo qual são oferecidos investimentos com atraentes rentabilidades, que são abonadas com o dinheiro fornecido pelos novos investidores. Segundo o jornal, a SEC (Securities and Exchange Commission, órgão que fiscaliza e regulamenta o mercado de valores mobiliários dos EUA) seguiu a pista de vários e-mails enviados por um fundo de Nova York que classificavam como "muito incomuns" as práticas da Bernard L. Madoff Investment Securities. O jornal indica que a as autoridades reguladoras alertaram no ano passado que algumas partes da companhia pareciam não ter clientes. Além disso, a SEC se dirigiu diretamente ao agente financeiro em pelo menos duas ocasiões para fazer algumas perguntas sobre seu negócio.

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