Economia

Bolsas americanas caem com dado negativo do mercado de trabalho

;

postado em 05/02/2009 13:51
As Bolsas americanas operam em queda nesta quinta-feira (5/02). Os dados sobre o mercado de trabalho divulgados hoje afetaram a confiança dos investidores, um dia antes da divulgação dos indicadores de empregos referentes a janeiro. Além disso, outros resultados corporativos fracos reduziram o ânimo para negócios. Às 13h28 (em Brasília), a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) estava em baixa de 1,31%, indo para 7.852,24 pontos no índice Dow Jones Industrial Average, enquanto o S 500 caía 1,04%, para 823,57 pontos. A Bolsa Nasdaq operava em baixa de 0,38%, indo para 1.509,24 pontos. O Departamento do Trabalho informou hoje que o número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA cresceu em 35 mil, para um total de 626 mil na semana passada. Trata-se do maior patamar desde 1982, quando a economia americana, como agora, se encontrava em recessão. Além disso, o número de pessoas recebendo o benefício por ao menos duas semanas teve ligeiro aumento chegando a quase 4,8 milhões de pessoas - maior nível desde que o departamento começou os registros, em 1967. Nesta sexta-feira (6/02), o departamento vai divulgar os dados sobre o mercado de trabalho americano referentes a janeiro. Em dezembro, a taxa de desemprego nos EUA ficou em 7,2%, pior nível desde 1993. O número de desempregados no país no ano passado chegou a 2,6 milhões, maior desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. As previsões são pouco animadoras. Ontem, a consultoria de recursos humanos ADP Employer Services anunciou uma estimativa de perda de 522 mil empregos somente no setor privado americano em janeiro. Já a consultoria Challenger, Gray & Christmas informou, também ontem, que o número de anúncios de cortes de empregos nos EUA teve um crescimento de 45% em janeiro, na comparação com dezembro, chegando a 241.749, o maior nível desde janeiro de 2002. O Deutsche Bank confirmou que o banco sofreu em 2008 a maior perda líquida desde a Segunda Guerra Mundial (1939-45), de 3,9 bilhões de euros (cerca de US$ 4,992 bilhões), mas se disse otimista em relação a 2009. Um dos poucos motivos para otimismo foi a divulgação de um aumento de 2,1% nas vendas nas mesmas lojas (abertas há pelo menos um ano) do Wal-Mart Stores em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2008. O resultado superou por pouco a expectativa da própria empresa, que previa um crescimento de até 2%. Apesar do bom resultado, a rede se mostrou cautelosa diante do ambiente "volátil" de vendas, e informou que não vai mais preparar previsões mensais de vendas para as mesmas lojas a partir deste mês - ao invés disso, a rede vai preparar uma previsão para períodos de 13 semanas. Na primeira projeção desse tipo, referente ao período até 1° de maio, a expectativa da empresa é de um crescimento de vendas de 1% a 3%. O Federal Reserve (Fed, o BC americano) informou hoje que a produtividade do trabalhador americano cresceu 3,2% no quarto trimestre, mais que o dobro do esperado pelos analistas, mas o dado não conseguiu estimular os negócios.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação