Economia

FMI recomenda ao G-20 maior intervenção estatal contra crise

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postado em 05/02/2009 20:19
O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendou às principais economias desenvolvidas e em desenvolvimento do planeta que adotem medidas mais agressivas e coordenadas contra a crise financeira internacional. A orientação foi passada aos vice-ministros de Finanças do G-20 financeiro, que se reuniram no último fim de semana, em Londres, para preparar a cúpula de chefes de Estado do grupo. O próximo encontro de líderes do G-20 está marcado para o dia 2 de abril também na capital britânica. ;Ações políticas coordenadas e mais agressivas são necessárias com urgência para resolver a crise e estabelecer uma retomada duradoura da atividade global;, diz relatório encaminhado aos ministros do Grupo e divulgado nesta quinta-feira (5/02) pelo FMI. O Fundo ressalta que a expectativa de crescimento da economia global, em 2009, é a menor desde a Segunda Guerra Mundial ; de apenas 0,5%, contra 3,5 registrados em 2008. Reconhece o esforço dos governos, mas alerta para a insuficiência das medidas adotadas até agora. ;Enquanto há melhoria em alguns mercados onde foram adotadas políticas intervencionistas, os mercados financeiros continuam sob forte pressão e as instituições ainda são consideradas frágeis. Permanecem os desafios em muitos mercados e instrumentos;, avalia o FMI. Liquidez Os bancos centrais, segundo a instituição, devem continuar assegurando liquidez ao mercado. O Fundo também recomenda que os governos ajam de forma imediata e agressiva em casos de falências e recapitalize ;instituições viáveis; com recursos públicos. A mensagem é clara: é necessária uma maior intervenção do Estado na economia. ;Com as políticas monetárias convencionais chegando ao seu limite, os bancos centrais terão que explorar políticas alternativas com foco na intervenção para destravar os mercados de crédito;, diz o relatório. Ao reiterar a preocupação já manifestada por inúmeros governos, o FMI alerta para a tentação de adoção de medidas protecionistas contra a crise. Na avaliação da instituição, o aumento de barreiras à importação e de subsídios à exportação enfraqueceriam as perspectivas de recuperação global. O FMI e o Banco Mundial participarão do encontro de líderes do G20, em Londres. O grupo reúne os sete países mais industrializados do mundo ; Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Inglaterra, Itália e Japão (que, com a Rússia, formam o G8) ; mais África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Coréia do Sul, Índia, Indonésia, México, Rússia, Turquia e União Européia.

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