Economia

Ipea diz que corte de juros mostra convergência de ações contra crise

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postado em 09/02/2009 13:38
O presidente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), Márcio Pochmann, disse ter visto na redução da taxa básica de juros para 12,75%, na última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), uma "convergência de ações" para enfrentar a crise financeira. Segundo Pochmann, até então o Banco Central não agia no mesmo sentido que o Ministério da Fazenda. Para o economista, são necessárias mais medidas para enfrentar a atual situação. "Há uma convergência de ações. Hoje, temos uma sensação de necessidade de defender a produção e o emprego", disse Pochmann durante apresentação da pesquisa Sensor Econômico, lançada nesta segunda-feira (9/02) pelo Ipea em parceria com o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial). Como exemplo de novas medidas que deveriam ser tomadas, ele cita a possibilidade de redução ainda mais forte dos juros. "A crise cria possibilidade de proceder mudanças mais drásticas, como a redução dos juros. O Banco Central, por exemplo, não precisava esperar para cortar de novo", disse. "Além disso, já deveria ter tomado essa decisão [corte] no ano passado." Pochmann ainda defendeu uma desburocratização das decisões anticrise, que, segundo ele, demoram para ser efetivadas por causa do processo de aprovação (tramitação pelo Congresso). "[As medidas] tinham que ser na veia, mas não dá para fazer isso por causa do merco regulatório que temos. Precisamos desburocratizar essa relação com o Legislativo e o Judiciário."

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