Economia

Bolsas americanas abrem com instabilidade, à espera do pacote de Obama

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postado em 10/02/2009 13:51
As Bolsas americanas abriram nesta terça-feira (10/02) com instabilidade, em meio à espera pela aprovação ou não pelo Senado americano do pacote de estímulo econômico arquitetado pelo presidente recém-empossado do país, Barack Obama. Enquanto isso, os investidores reagem também ao anúncio de demissões na GM (General Motors). Às 13h12 (em Brasília), a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) estava em baixa de 0.60%, indo para 8.221,65 pontos, no índice Dow Jones Industrial Average, enquanto o S 500 caía 0,63%, para 864,45 pontos. A Bolsa tecnológica Nasdaq operava em leve alta de 0,05% no indicador Nasdaq Composite, indo para 1.592,29 pontos. O Senado dos Estados Unidos vota hoje o plano de reativação econômica sob a pressão do presidente Barack Obama e a expectativa dos mercados. Os legisladores decidiram ontem encerrar o debate e marcar a votação definitiva do plano - o horário previsto é 15h (de Brasília). Segundo estimativadas do Departamento do Orçamento do Congresso, a nova versão do projeto deve elevar o déficit em US$ 838 bilhões em dez anos. Se o projeto for aprovado, o Congresso vai precisar realizar uma sessão conjunta para harmonizar o texto com o que foi aprovado pelos deputados no último dia 28 de janeiro. A previsão é que de que até sexta-feira, no máximo, o pacote seja enviado a Obama para ser sancionado. A votação é também uma espécie de "prova de fogo" para o discurso conciliador de Obama nos primeiros dias de mandato, e isso também gera apreensão entre os investidores. Seu partido, o Democrata, possui 58 cadeiras no Senado, mas para o plano ser aprovado precisa de 60 votos. Enquanto não ocorre a votação, os dados corporativos ajudam a manter a maioria dos índices no terreno negativo. O mais importante deles é o anúncio da montadora GM de que vai cortar 10 mil postos de trabalho em 2009 - 13,7% do total - como parte de um plano de reestruturação motivado pela forte queda nas vendas. Com isso, segundo a GM, a folha de pagamento ficará com 63 mil funcionários efetivos. Desses 10 mil cortes, 3.400 - todos em cargos administrativos - serão nos EUA. Entre as ações mais negociadas até o momento, um dos destaques é a ADR (American Depositary Receipts, recibo de empresa estrangeira negociado nos EUA) da mineradora Vale do Rio Doce, que recua 1,83%.

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