Economia

Bolsas caem na Europa e na Ásia apesar de pacotes econômicos nos EUA

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postado em 11/02/2009 08:55
As Bolsas europeias operam em baixa nesta quarta-feira (11/02), seguindo as perdas de ontem em Nova York. Os investidores, tanto europeus como americanos, não se entusiasmaram nem com o plano do governo americano para resgatar o setor bancário anunciado pelo secretário do Tesouro, Timothy Geithner, nem com o pacote de estímulo à economia aprovado no Senado. Na Ásia, o dia também foi de perdas. Às 8h11 (em Brasília), a Bolsa de Londres estava em baixa de 0,40% no índice FTSE 100, indo para 4.196,09 pontos; a Bolsa de Paris caía 0,62% no índice CAC 40, indo para 3.001,99 pontos; a Bolsa de Frankfurt tinha baixa de 0,18% no índice DAX, operando com 4.497,22 pontos; a Bolsa de Amsterdã tinha baixa de 0,11% no índice AEX General, que estava com 251,09 pontos; a Bolsa de Zurique, estava em baixa de 0,81%, com 5.102,97 pontos no índice Swiss Market; e a Bolsa de Milão tinha baixa de 0,72% no índice MIBTel, que ia para 14.426 pontos. A Bolsa de Hong Kong recuou 2,46%; a Bolsa de Xangai teve perdas de 0,19%; o ASX, da Bolsa de Sydney (Austrália), perdeu 0,41%; o Kospi, da Bolsa de Seul (Coreia do Sul), também teve perdas de 0,72%. A Bolsa de Tóquio (Japão) não abriu devido a um feriado. Geithner anunciou ontem um plano conjunto do Departamento do Tesouro, do Federal Reserve (Fed, o BC americano) e do setor privado para resgatar os bancos que tiverem problemas com títulos "podres" (de alto risco de calote). O programa pode movimentar mais de US$ 1,5 trilhão. O secretário disse no Senado que não está pedindo fundos adicionais para salvar os bancos, mas admitiu não poder, "honestamente", descartar tal possibilidade. "Quero ser honesto, porém, e acho que esse plano vai custar mais caro à Nação e que ele precisará de recursos substanciais", afirmou. O dinheiro do governo, segundo ele, é essencial para garantir o interesse do resgate dos papéis ruins relacionados ao mercado imobiliário, centro da crise financeira. Os investidores, no entanto, não se animaram com o plano devido à falta de detalhes no anúncio pelo secretário. "Deram ao plano um nome vistoso, mas há muita incerteza", disse Peter Dixon, economista do Commerzbank. "Esse plano não é uma panaceia de curto prazo para os males da economia dos EUA, é de longo prazo (...) Esse é um mercado que vem operando com sentimentos, não com fatos." O Senado, por sua vez, aprovou o pacote de estímulo à economia dos EUA, defendido pelo presidente americano, Barack Obama, de US$ 838 bilhões. Agora, com a aprovação, os senadores irão precisar realizar uma sessão conjunta para harmonizar o texto com o que foi aprovado pelos deputados no dia 28 de janeiro - quando o valor estava em US$ 819 bilhões. A previsão é que até sexta-feira (13/02) o pacote seja enviado a Obama para ser sancionado. Na Ásia, os investidores também ficaram desapontados com a falta de clareza do plano de resgate de bancos, afirmou Daphne Roth, administradora de fundos do ABN Amro em Cingapura. "Nós ainda vamos ver mais quedas ocorrendo nos próximos meses que podem durar na Ásia até a metade do ano", afirmou. Nos mercados europeus, as ações da PSA Peugeot Citroen caíam 3,3% após informar que não espera voltar a apresentar lucros antes de 2010. No setor de mineradoras, as ações da Rio Tinto tinham alta de 3%.

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