Economia

Bovespa avança 0,49%; dólar sobe 0,70%, a R$ 2,300

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postado em 11/02/2009 11:38
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com ganhos logo após a abertura dos negócios desta quarta-feira (11/02). Ontem, o mercado reagiu mal às iniciativas anunciadas pelo governo americano para combater a crise, mas analistas acreditam que pode haver uma reavaliação de expectativas na jornada de hoje. O câmbio marca R$ 2,30. O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, sobe 0,49%, para os 41.409 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em baixa de 2,12%. O dólar comercial é negociado por R$ 2,300, o que significa um incremento de 0,70% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 428 pontos, número estável sobre a pontuação anterior. A exemplo dos investidores americanos, os asiáticos também não mostraram muito entusiasmo com as propostas da Casa Branca para combater a crise. Em Hong Kong, o índice acionário Hang Seng recuou 2,46% no encerramento do pregão. Na Europa, a Bolsa de Londres perde 0,40%, enquanto a Bolsa de Frankfurt cede 0,13%. As primeiras notícias do dia tampouco ajudam a melhorar o ânimo do mercado. Ontem à noite, a holding de telefonia Brasil Telecom informou que o lucro apurado no quarto trimestre de 2008 - R$ 115,3 milhões - foi 41,7% inferior ao resultado em idêntico período de 2007. O resultado é ainda pior do que o esperado por analistas, que previam ganhos acima dos R$ 200 milhões. Já a empresa de TV por assinatura Net revelou um prejuízo de R$ 91 milhões no último trimestre do ano passado, contra um lucro de R$ 96 milhões no final de 2007. Analistas previam perdas da ordem de quase R$ 40 milhões. O destaque de hoje, no entanto, é prejuízo de 8,2 bilhões de francos suíços (US$ 7,1 bilhões) do banco suíço UBS, que em 2007 apurou lucro líquido de 7,8 bilhões de francos suíços (US$ 6,7 bilhões). Os números da instituição financeira assustaram os analistas, que já esperavam um resultado negativo, mas de menor monta: de 6,2 bilhões (US$ 5,3 bilhões). EUA Ontem, analistas reclamavam da falta de definição e detalhamento das duas iniciativas apresentadas pelo governo americano para combater a principal crise do país em 70 anos. O plano aprovado no Senado (US$ 838 bilhões) ainda precisa ser harmonizado com o projeto aprovado (US$ 819 bilhões) na Câmara dos Representantes (Deputados), antes de seguir para a sanção presidencial. A maior decepção, no entanto, foi com o "Plano de Estabilização Financeira", apresentado pelo secretário do Tesouro, Tim Geithner. Em vez da criação de um banco específico para absorver os chamados "ativos tóxicos" (créditos problemáticos), o governo dos EUA optou pela criação de um "bad fund", um fundo que também deve receber, conforme expectativas da Casa Branca, recursos do setor privado, para sanear o sistema bancário e reanimar a circulação de crédito.

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