postado em 11/02/2009 16:16
Vikram Pandit, presidente do banco americano Citigroup, anunciou nesta quarta-feira ter recomendado a seu Conselho de Administração que lhe pague um salário de apenas US$ 1 por ano até que as contas da instituição saiam do vermelho.
"Minha meta é que o Citi volte a lucrar o mais rápido possível, pelo que disse ao Conselho que meu salário deveria ser de um dólar por ano, sem bônus, até que a empresa volte a ganhar dinheiro", declarou Pandit durante uma audiência parlamentar dedicada à utilização pelos bancos dos bilhões de dólares de recapitalização liberados pelas autoridades federais.
A audiência começou com a promessa do presidente da comissão de finanças da Câmara dos Representantes, Barney Frank, de expressar a "ira" dos contribuintes com o que consideram como um presente injustificado a estabelecimentos mal administrados e em grande parte responsáveis pela crise atual.
Jato
Pandit também se referiu à polêmica deflagrada pela revelação sobre a compra pelo Citi de um jato particular. A polêmica foi tanta que o banco, que perdeu quase US$ 19 bilhões em 2008, teve que abrir mão da aquisição.
"Não nos ajustamos com a rapidez necessária ao novo mundo em que vivemos", comentou Pandit, afirmando que tomou pessoalmente a decisão de desistir da compra do jato.
"Me dei conta de que estamos num mundo novo, e vou me assegurar que o Citi também se dê conta deste fato", garantiu.
'Atividades de marketing'
Ao contrário, o presidente do Nak of America, Ken Lewis, justificou despesas de seu estabelecimento, criticado recentemente por ter organizado uma gigantesca festa por ocasião do Superbowl, a final do campeonato de futebol americano. Para a festa relacionada a este evento, que patrocina, o banco teria gastado 10 milhões de dólares.
"Acredito que bancos foram criticados por atividades que têm na verdade um objetivo muito sério e eficiente, inclusive atividades de marketing", alegou Lewis, sem mencionar diretamente o Superbowl.
O presidente do Bank of America também ressaltou "a fama, conquistada à duras penas, de sobriedade, e não de extravagância" do estabelecimento de Charlotte (Carolina do Norte, nordeste dos EUA).