postado em 13/02/2009 08:42
A economia da Alemanha teve contração no quarto trimestre de 2008, com uma queda do Produto Interno Brito (PIB) de 2,1% em relação ao trimestre anterior, provocada pela redução das exportações, segundo dados preliminares divulgados nesta sexta-feira (13/02) pelo Destatis (Escritório Federal de Estatísticas).
A queda é superior à prevista pelos economistas, que previam um retrocesso de 1,8%, segundo a agência Dow Jones Newswires. "É o maior retrocesso trimestral desde a reunificação", informou o Destatis em um comunicado.
A redução dos investimentos industriais e a contribuição negativa do comércio exterior foram os fatores que mais contribuíram para os resultados negativos da economia alemã.
As exportações registraram queda muito maior que as importações e o consumo também retrocedeu em relação ao terceiro trimestre.
A Alemanha está em recessão desde o segundo trimestre de 2008 e as previsões são de que o problema persistirá durante 2009. No mês passado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) informou que a economia da Alemanha sofrerá neste ano uma contração de 2,5%. Em novembro, o FMI havia calculado que a economia alemã encolheria 0,8% em 2009, mas a piora da conjuntura mundial nos últimos dois meses levou o órgão a corrigir suas previsões.
Os sinais da redução na atividade econômica da Alemanha aparecem em outros indicadores: nesta semana, a associação industrial VDMA informou que os pedidos de máquinas operatrizes, um componente vital na maior economia da Europa, caíram 40% em dezembro e o setor poderá perder 25 mil empregos neste ano. Na semana passada, o governo informou que a produção industrial alemã teve em dezembro uma queda 4,6% em relação a novembro, maior desde a reunificação do país, em 1991, devido à queda no mundo todo da demanda.
A inflação no país em janeiro foi de 0,9%, o menor nível em quase cinco anos, depois de um índice de 1,1% em dezembro. O principal fator a influenciar a desaceleração é a queda acentuada dos preços de energia.