postado em 13/02/2009 14:32
A confiança do consumidor americano na economia dos EUA caiu para 56,2 pontos neste mês, contra 61,2 pontos em janeiro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (13/02) pela Universidade de Michigan. A queda foi a primeira em três meses e deixou o indicador perto dos 55,3 pontos vistos em novembro, o menor nível em 28 anos.
A expectativa dos analistas era de que o índice caísse, mas em ritmo menor, para 60,2 pontos. O indicador de confiança referente aos próximos seis meses - que serve como indicador da tendência para o consumo - caiu para 49,1 pontos, menor nível desde 1980 - em janeiro, o índice ficou em 57,8 pontos.
Já o índice de condições atuais da economia - que serve como indicador de tendência para a compra de itens de maior valor - teve ligeira variação para cima, ficando em 67,1 pontos, contra 66,5 pontos um mês antes.
Ontem, o Departamento de Comércio informou que as vendas no varejo nos Estados Unidos cresceram 1% em janeiro na comparação com dezembro, após recuar por seis meses consecutivos.
A situação do mercado de trabalho também prejudica a situação do consumo, ao criar insegurança entre os americanos e inibir gastos. Ontem, o Departamento do Trabalho informou que o número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caiu em 8 mil na semana encerrada no último dia 7, totalizando 623 mil solicitações iniciais do benefício, mas o número de pessoas recebendo o benefício por ao menos duas semanas ficou em 4,81 milhões, atingindo o maior total desde que o departamento passou a registrar os dados em 1967.
No último dia 6, o departamento informou que a economia dos EUA perdeu 598 mil postos de trabalho em janeiro, enquanto a taxa de desemprego ficou em 7,6%. Trata-se da maior perda de vagas no país desde dezembro de 1974.
O governo ainda divulgou revisões para os números de 2008, elevando os empregos cortados em dezembro do ano passado de 524 mil para 577 mil. No país todo, o número de pessoas desempregadas atualmente é de 11,616 milhões. Os dados refletem a contração da economia americana, de 3,8% no quarto trimestre, aprofundando a recessão em o país que se encontra desde dezembro de 2007.