postado em 17/02/2009 08:31
As Bolsas asiáticas registraram quedas nesta terça-feira (17/02) pressionadas pela preocupação dos investidores com o plano de reestruturação das montadoras americanas General Motors e Chrysler, que deve ser divulgado hoje. No Japão, a Bolsa teve perdas após o anúncio do ministro das Finanças de que deve renunciar.
A Bolsa de Tóquio (Japão) fechou em queda de 1,35%, aos 7.645,51 pontos; a Bolsa de Hong Kong recuou 3,79%; o ASX, da Bolsa de Sydney (Austrália), perdeu 0,08%; o Kospi, da Bolsa de Seul (Coreia do Sul), também teve perdas, de 4,11%; o Shangai Composite, da Bolsa de Xangai (China), teve retração de 2,93%.
Shoichi Nakagawa afirmou nesta terça que deverá deixar o cargo após comparecer supostamente embriagado a uma conferência do G7 (grupo dos sete países países mais ricos) em Roma (Itália), realizada no sábado passado (14/02).
Na gravação, Nakagawa, 55, aparece sonolento, se expressando com dificuldade e com a voz alterada. Nesta segunda-feira (16/02), ele negou que tivesse bebido e atribuiu sua alteração aos medicamentos que tomou para tratar um resfriado.
Montadoras americanas
Já a maior parte dos mercados foi afetada pela preocupação dos investidores em relação ao plano de resgate de duas das principais montadoras americanas. "Investidores estão vendendo suas ações não só no Japão, mas nos outros mercados asiáticos, à espera dos planos de reestruturação de GM e Chrysler", afirmou Soichiro Monji, estrategista da Daiwa Investments.
A General Motor e a Chrysler, a primeira e a terceira montadoras dos EUA, respectivamente, devem apresentar nesta terça-feira seus planos de reestruturação para conseguir mais verbas do governo americano.
A GM, que recebeu US$ 9,4 bilhões em empréstimos, espera conseguir ao menos outros US$ 4 bilhões como ajuda para superar a crise. Já a Chrysler busca US$ 5 bilhões. O grande impasse quanto aos projetos são as demissões propostas pelas companhias.
A GM ofereceu na semana passada um plano de demissão voluntária a seus 62 mil funcionários que são filiados ao UAW (United Auto Workers, principal sindicato do setor), além de fechar 10 mil postos em 2009 - 13,7% de sua força de trabalho - e diminuir salários de executivos.