postado em 17/02/2009 11:14
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com perdas desde os primeiros negócios desta terça-feira (17/02). Investidores aguardam maiores detalhes sobre a delicada situação das gigantes do setor automobilístico nos EUA, que reinvindicam mais ajuda oficial. Notícias sobre o quadro ainda complicado dos grandes bancos globais também não ajudam a melhorar o humor do mercado. O câmbio marca R$ 2,30.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, recua 1,20%, aos 41.339 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em alta de 0,40%.
O dólar comercial é negociado por R$ 2,302 para venda, o que representa um avanço de 1% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 450 pontos, número 6,13% acima da pontuação anterior.
As Bolsas asiáticas encerraram as operações de hoje com perdas, a exemplo de Tóquio (baixa de 1,35%) e Hong Kong (recuo de 3,79%). Na Europa, a Bolsa de Londres sofre queda de 2,29%, enquanto Frankfurt cede 2,50%.
O governo dos EUA deve anunciar hoje um plano de reestruturação com alvo nas montadoras General Motors e Chrysler. Também se espera que o presidente Barack Obama revele sua proposta de ajuda para os mutuários do setor imobiliário ainda nesta semana.
Entre as primeiras notícias do dia, a rede varejista americana Wal-Mart reportou lucro de US$ 3,79 bilhões (US$ 0,96 por ação) no trimestre encerrado no dia 31 de janeiro, contra US$ 4,09 bilhões (US$ 1,02 por ação), apurado no mesmo período de 2008. Analistas do mercado projetavam lucro de US$ 0,99 por ação.
No front doméstico, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que as vendas no setor varejista cresceram 9,1% em 2008, na comparação com o ano anterior. Em dezembro, no entanto, o comércio teve queda de 0,3% e, no quarto trimestre, a queda foi de 2,3% na comparação com o terceiro. Trata-se da terceira queda mensal consecutiva.