postado em 17/02/2009 11:40
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve assinar nesta terça-feira (17/02) o pacote de US$ 787 bilhões, aprovado em sua versão final na sexta-feira (13/02). A medida é o principal ponto da agenda presidencial para atacar a recessão em que o país se encontra desde dezembro de 2007. A assinatura do pacote deve ocorrer na cidade de Denver (Colorado, centro-oeste dos EUA).
"Pela primeira vez, vamos colocar dinheiro no bolso dos americanos de classe média", disse o secretário de imprensa da Casa Branca, Robert Gibbs.
A Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados) e o Senado aprovaram a versão final do plano para recuperar a economia americana na sexta-feira, após longas negociações e mesmo com a resistência de parte considerável dos congressistas republicanos. No Senado, a medida foi aprovada com 60 votos, a quantidade exata para ser aprovado. Na Câmara, a aprovação ocorreu com 246 votos - uma margem adequada, mas ainda assim 183 deputados se opuseram.
O pacote a ser assinado prevê, entre outras medidas, US$ 116 bilhões em benefícios fiscais para 95% dos americanos, que devem chegar ao bolso do contribuinte na forma de descontos menores nos salários, em dois anos, ao invés de um pagamento feito através de cheques enviados pelo correio - como no caso do pacote de estímulo aprovado em fevereiro do ano passado, de US$ 168 bilhões, na gestão do então presidente George W. Bush.
Os cortes de impostos devem ser de até US$ 400 por contribuinte e de até US$ 800 por casal que fizer a declaração de impostos em conjunto, e será concedido em uma escala que varia conforme os ganhos do contribuinte. Por exemplo, para alguém que ganha US$ 40 mil, por exemplo, o benefício será de US$ 400; para alguém que ganha US$ 85 mil, o benefício fiscal deve ser de US$ 200; e para quem ganha US$ 95 mil, não há desconto de impostos.
A medida já havia sido aprovada pela Câmara no dia 28 do mês passado, mas apenas na terça-feira (10) o Senado a aprovou, mas com alterações: os deputados aprovaram o projeto com um valor de US$ 819 bilhões, enquanto os senadores elevaram a conta para US$ 838 bilhões.
Antes de chegar à Câmara, o valor estava em US$ 825 bilhões; ao sair de lá, ficou em US$ 819 bilhões. Até ser posto em votação no Senado, chegou a passar de US$ 900 bilhões; pouco antes de ser votado pelos senadores chegou a recuar para US$ 829 bilhões; finalmente, foi aprovado com o valor de US$ 838 bilhões. Até ser aprovado na sexta, o pacote estava em US$ 790 bilhões.