postado em 17/02/2009 14:17
O setor financeiro puxa as perdas tanto nas Bolsas dos EUA quanto na brasileira Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) na jornada desta terça-feira (17/02). O mercado aguarda as próximas medidas do governo americano para fazer frente à crise, tanto em relação aos bancos quanto as montadoras. O câmbio marca R$ 2,32.
O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, desaba 4,58%, aos 39.924 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,05 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York perde 3,47%.
A ação ordinária da Positivo Informática, que ontem disparou quase 80%, amarga perdas de 20% na jornada de hoje, após o desmentido da empresa sobre negociações para a venda do controle acionário.
O dólar comercial é vendido por R$ 2,322, com incremento de 1,88% sobre a cotação anterior. A taxa de risco-país marca 452 pontos, número 6,60% acima da pontuação anterior.
Investidores a analistas ainda maiores detalhes sobre o plano de ajuda do governo americano às montadoras General Motors e Chrysler. As primeiras informações das agências internacionais apontam a GM pode receber até US$ 4 bilhões em ajuda imediata. O Tesouro dos EUA ainda "deve" mais informações sobre sua proposta para sanear o sistema bancário, atolado nos chamados "ativos tóxicos" (créditos problemáticos).
A rede varejista americana Wal-Mart reportou lucro de US$ 3,79 bilhões (US$ 0,96 por ação) no trimestre encerrado no dia 31 de janeiro, contra US$ 4,09 bilhões (US$ 1,02 por ação), apurado no mesmo período de 2008. Analistas do mercado projetavam lucro de US$ 0,99 por ação.
A montadora alemã Daimler anunciou prejuízo líquido de 1,526 bilhão de euros no quatro trimestre (cerca de US$ 1,919 bilhão). Trata-se do primeiro resultado negativo da empresa num trimestre, desde que vendeu a marca Chrysler em 2007.
No front doméstico, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que as vendas no setor varejista cresceram 9,1% em 2008, na comparação com o ano anterior. Em dezembro, no entanto, o comércio teve queda de 0,3% e, no quarto trimestre, a queda foi de 2,3% na comparação com o terceiro. Trata-se da terceira queda mensal consecutiva.