Economia

Chrysler diz que precisa de mais US$ 5 bilhões do governo americano

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postado em 17/02/2009 18:56
A montadora norte-americana Chrysler informou nesta terça-feira (17/02) precisar de US$ 5 bilhões a mais em financiamento público. A General Motors (GM) e a Chrysler tem até hoje para apresentar às autoridades americanas os planos de reestruturação que lhes permitirão receber bilhões de dólares de ajuda pública. A Administração Bush já tinha se comprometido com a concessão de créditos de US$ 17,4 bilhões a dois dos "três grandes" fabricantes americanos de automóveis: GM e Chrysler. A GM já recebeu US$ 9,4 bilhões em empréstimos federais para manter suas operações nos Estados Unidos em andamento. A montadora tinha solicitado inicialmente outros US$ 4 bilhões, e a Casa Branca já anunciou que desembolsará o dinheiro independentemente do conteúdo do plano. Em janeiro, a taxa anualizada de vendas de automóveis nos EUA ficou em 9,6 milhões de unidades, quase a metade da atingida há apenas três anos. A Chrysler, que já obteve US$ 4 bilhões em empréstimos federais, vai pedir pelo menos outros US$ 3 bilhões para colocar em prática seu plano de reestruturação. A obtenção deste empréstimo, que a Casa Branca afirmou considerar de forma separada à solicitação da GM, é um requisito para que a Chrysler firme definitivamente uma aliança industrial com a Fiat. As duas empresas chegaram em janeiro a um acordo no qual a Fiat vai fornecer à montadora americana design, engenharia e material para a fabricação de carros pequenos, em troca de 35% do capital da Chrysler. Os diretores da Chrysler qualificaram o acordo com a Fiat como fundamental para garantir a sobrevivência da empresa, mas também estão trabalhando em outros acordos caso o estipulado com os italianos não se torne realidade. GM Na semana passada, a GM anunciou um plano de demissão voluntária que foi oferecido a seus 62 mil funcionários que são filiados ao United Auto Workers (UAW, principal sindicato do setor). A direção da GM espera que pelo menos 11 mil desses funcionários aceitem o pacote preparado para incentivar a saída da empresa, que consiste em US$ 20 mil de indenização e um bônus de US$ 25 mil para a compra de um novo veículo. A oferta deverá permitir aos funcionários enquadrados nas condições propostas deixar o grupo até 1° de abril. Também na semana passada, a GM informou que vai cortar 10 mil postos de trabalho em 2009 - 13,7% de sua força de trabalho-- como parte do plano. Só nos EUA, cerca de 3.400 dos 29.500 cargos administrativos devem ser fechados --a expectativa é que os cortes ocorram até maio.

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