Economia

Bolsas em NY têm ligeira baixa após dados de indústria e construção

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postado em 18/02/2009 12:23
As Bolsas americanas operam em ligeira baixa nesta quarta-feira (18/02). Os fracos indicadores de produção industrial e de construções de casas nos EUA afetaram ainda mais a confiança dos investidores, que já não se impressionaram com o pacote de estímulo à economia, assinado ontem pelo presidente dos EUA, Barack Obama. Sem dados que sinalizem uma melhora na economia no futuro próximo, os investidores tentam apenas encontrar bons preços após a queda de ontem, nos níveis de novembro do ano passado, quando a crise ainda estava em seus piores momentos. Às 11h58 (em Brasília), a Nyse estava em baixa de 0,09%, indo para 7.545,91 pontos no DJIA, enquanto o S 500, também da Nyse, estava em baixa de 0,15%, indo para 788,38 pontos. A Bolsa Nasdaq operava em baixa de 0,10%, indo para 1.469,16 pontos. Ontem, o DJIA fechou em baixa de 3,79%, a 7.552,6 pontos - muito próximo de seu menor patamar, de 7.552,29 pontos, registrado em novembro do ano passado. Os investidores esperam o anúncio do presidente Obama de um programa para o mercado imobiliário, a fim de interromper o aumento dos despejos de mutuários que não consigam pagar suas hipotecas. A Casa Branca já informou hoje esse programa prevê a ajuda para reestruturar ou refinanciar as dívidas de 9 milhões de famílias, de modo a evitar novos despejos. O pacote para socorrer os mutuários americanos está orçado inicialmente em US$ 50 bilhões (cerca de R$ 115 bilhões). A proposta de Obama prevê ainda um montante de US$ 75 bilhões para financiar entre 3 milhões e 4 milhões de "proprietários responsáveis" de modo a manterem seus imóveis. Esse plano estabelece ainda mais ajuda federal às gigantes do setor imobiliário Fannie Mae e Freddie Mac, severamente afetadas pela crise dos créditos "subprime", de modo a reforçar o nível de confiança no sistema de hipotecas como um todo. Agora, cada empresa receberá reforço de caixa de US$ 200 milhões, ante valor anterior de US$ 100 milhões. O pacote de estímulo à economia, de US$ 787 bilhões, assinado ontem, propõe investimentos para criar ou preservar 3,5 milhões de empregos nos próximos dois anos, 90% dos quais no setor privado. Além disso, 40% do pacote -cerca de US$ 312 bilhões - irão auxiliar diretamente famílias americanas de classe média. O Departamento de Comércio informou hoje que o número de permissões de construção e obras de casas novas em andamento nos Estados Unidos em janeiro atingiu o nível mais baixo em meio século de publicação do indicador. A construção de casas novas nos Estados Unidos caiu 16,8% em janeiro devido à queda da atividade em todo o país. A retração, no entanto, foi menor do que esperavam os analistas, que apontavam diminuição para 530 mil unidades, ante os 466 mil verificados. Além disso, o Federal Reserve (Fed, o BC americano) informou que a produção industrial nos EUA teve uma queda de 1,8% em janeiro, acima do 1,5% previsto pelos analistas. O dado referente a dezembro foi, por sua vez, revisto para baixo, mostrando uma queda de 2,4% - contra uma estimativa inicial de queda de 2%.

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