Economia

Governo diz não ver possibilidade de desaceleração econômica no Brasil

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postado em 18/02/2009 15:20
O governo está otimista e não vê a possibilidade de uma desaceleração econômica forte a ponto de levar o país a uma recessão. Esse foi o tom da reunião do conselho político nesta quarta-feira entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e parlamentares de partidos que fazem a base de sustentação do Palácio do Planalto no Congresso. O recado foi dado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que participou do encontro. Segundo o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), os números apresentados por Mantega e pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, mostram que o país está sólido e não corre risco de entrar em recessão técnica (dois trimestres seguidos de crescimento econômico negativo). "Há uma recuperação modesta da economia", afirmou Fontana. O deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) afirmou que também ficou claro o esforço do governo em reduzir o spread bancário (diferença entre o juros que os bancos pagam no mercado e o que repassam ao consumidor). Segundo Loures, o presidente Lula disse que hoje 52% do crédito está nas mãos dos bancos públicos, que têm orientação de praticar taxas de interesse mais baixas. Na reunião do conselho, foram apresentadas ainda as linhas gerais do programa de habitação a ser lançado pelo governo nas próximas duas semanas. A ideia do governo é distribuir 1 milhão de moradias para as classes mais pobres da população. Segundo o ministro das Relações Institucionais, José Múcio, o presidente determinou que os ministros da Fazenda e da Casa Civil, Dilma Rousseff, ficarão encarregados de ouvir prefeitos e governadores sobre as necessidades habitacionais de suas regiões. Dados do governo mostram que há um déficit de 7,4 milhões de moradias no Brasil. O recado do governo na reunião do conselho político contrasta com o tom utilizado por Henrique Meirelles. O presidente do BC acredita ainda não ser possível medir os efeitos da crise financeira internacional no Brasil. A afirmação cautelosa de Meirelles foi dada em encontro com sindicalistas e empresários na segunda-feira em São Paulo.

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