Economia

Bolsas dos EUA operam sem tendência definida após pacote imobiliário

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postado em 18/02/2009 17:06
A Bolsa de Nova York opera sem tendência definida nesta quarta-feira (18/02), enquanto os investidores avaliam o plano do presidente dos Estados Unidos Barack Obama para conter as execuções hipotecárias. Às 16h10 (horário de Brasília), o índice Dow Jones Industrial Average (DJIA), da Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês), operava em leve baixa de 0,16%, aos 7.540,26 pontos. O índice Nasdaq, de elevado teor tecnológico, também anotava queda, de 0,44%, aos 1.464,23 pontos, assim como o S 500, com desvalorização de 0,55%, aos 784,82 pontos. Antes do anúncio do pacote imobiliário, os índices operavam no vermelho. Transitaram pelo positivo após o detalhamento das medidas e retornaram ao negativo mais recentemente. Logo no início das negociações foram conhecidos os dados sobre as permissões de construção e obras de casas novas em andamento nos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Comércio, a construção de casas novas nos Estados Unidos caiu 16,8% em janeiro devido à queda da atividade em todo o país. A retração, no entanto, foi menor do que esperavam os analistas, que apontavam diminuição para 530 mil unidades, ante os 466 mil verificados. Além disso, o Federal Reserve (Fed, o BC americano) informou que a produção industrial nos EUA teve uma queda de 1,8% em janeiro, acima do 1,5% previsto pelos analistas. O dado referente a dezembro foi, por sua vez, revisto para baixo, mostrando uma queda de 2,4% - contra uma estimativa inicial de queda de 2%. Pouco mais tarde, o presidente norte-americano apresentou em Phoenix, no Arizona, o plano a fim de interromper o aumento dos despejos de mutuários que não consigam pagar suas hipotecas. A Casa Branca informou hoje que esse programa tem o objetivo de reestruturar ou refinanciar as dívidas de 9 milhões de famílias. O pacote para socorrer os mutuários americanos está orçado inicialmente em US$ 50 bilhões (cerca de R$ 115 bilhões). A proposta de Obama prevê ainda um montante de US$ 75 bilhões para financiar entre 3 milhões e 4 milhões de "proprietários responsáveis" de modo a manterem seus imóveis. Esse plano estabelece ainda mais ajuda federal às gigantes do setor imobiliário Fannie Mae e Freddie Mac, severamente afetadas pela crise dos créditos "subprime", de modo a reforçar o nível de confiança no sistema de hipotecas como um todo. Obama disse que a crise hipotecária, a financeira e a que padece a economia em geral estão interconectadas e que precisam ser enfrentadas em conjunto. Pacote de estímulo e montadoras Nesta terça (17/02), Barack Obama também assinou o pacote de estímulo à economia, de US$ 787 bilhões, que propõe investimentos para criar ou preservar 3,5 milhões de empregos nos próximos dois anos, 90% dos quais no setor privado. Além disso, 40% do pacote --cerca de US$ 312 bilhões-- irão auxiliar diretamente famílias americanas de classe média. As ações do Bank of America e do Citigroup se desvalorizam hoje em torno de 5%, assim como as da General Motors, que recuavam 4,13%. Também ontem, a GM apresentou um plano de viabilidade para o qual pode precisar de US$ 16,6 bilhões adicionais à ajuda federal, que se somariam aos US$ 13,4 bilhões que já solicitou ao governo.

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