Economia

Bolsas em NY sobem com procura por bons preços após dados econômicos

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postado em 19/02/2009 12:19
As Bolsas americanas operam em alta nesta quinta-feira (19/02). Os investidores procuram ações a bons preços, após as quedas no início da semana. Os investidores reagiram com indiferença aos indicadores econômicos divulgados recentemente, e a previsão é de que o movimento nos mercados financeiros americanos siga sem ânimo, até que as medidas adotadas pelo governo para tentar estimular a economia comecem a apresentar resultados. Às 12h07 (em Brasília), a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) estava em alta de 0,52%, indo para 7.595,22 pontos no índice Dow Jones Industrial Average, enquanto o S 500 subia 0,93%, para 795,79 pontos. A Bolsa Nasdaq operava em alta de 0,67%, indo para 1.477,84 pontos. Os investidores aguardam hoje a divulgação do índice que mede o desempenho dos principais indicadores econômicos americanos, elaborado pelo instituo de pesquisa Conference Board. O índice é visto como indicador da tendência da economia em um prazo de três a seis meses, e avalia as condições de itens como preços de ações, alvarás de construção e pedidos iniciais de auxílio-desemprego. O Departamento do Trabalho, por sua vez, informou hoje que o número de trabalhadores desempregados que recebem seguro-desemprego teve a maior alta de todos os tempos, para cerca de 5 milhões, enquanto os novos pedidos ficaram acima de 600 mil. Ontem (18), na ata da reunião do Federal Reserve (Fed, o BC americano) de 27 e 28 de janeiro, a autoridade monetária informou que o desemprego no país deve crescer "substancialmente" até o início 2010, quando então deve começar a ceder e seguir em ritmo moderado de redução ao longo do ano. Além disso, o departamento informou que o PPI (Índice de Preços ao Produtor, na sigla em inglês), que mede a variação dos preços no atacado nos EUA, teve alta de 0,8% em janeiro, após as quedas de 1,9% em dezembro e de 2,5% em novembro. Os preços de energia subiram 3,7%, revertendo cinco meses de queda - em dezembro os preços da energia caíram 9,1%; em dezembro a queda foi de 12,4%; e em novembro houve queda de 12,8%. Para o Fed, em um "ambiente de considerável lentidão na economia, pouca ou nenhuma pressão inflacionária por parte dos preços da energia ou de outros itens importados e uma possível queda nas expectativas de inflação, os preços e o núcleo da inflação [que exclui os preços de alimentos e energia] devem ficar baixos por muitos anos". Amanhã deve ser divulgado o CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês) referente a janeiro; a expectativa dos analistas é de uma alta de 0,3%, após deflação de 0,7% em dezembro - a terceira queda consecutiva.

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