Economia

Apenas 40% das empresas pretendem aumentar produção em 2009, diz CNI

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postado em 19/02/2009 12:39
O percentual de empresas brasileiras que planejam aumentar a produção caiu de 58% em 2008 para 40% em 2009. O dado faz parte de um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizado com 1.407 empresas em todo o país. O levantamento mostra que 24% das empresas estão com capacidade mais que suficiente para atender à demanda prevista para este ano. Além disso, 45% pretendem gastar menos em compras de máquinas e equipamentos. O número de empresas que vão investir caiu de 89% em 2008 para 82% em 2009. Por outro lado, cresceu o percentual daquelas que pretendem usar parte desse investimento para reduzir custos com mão de obra, de 25% para 29%. Outro levantamento da CNI já mostrou que as empresas esperam queda no emprego industrial neste ano. "O resultado é influenciado pela crise e, em razão disso, há uma reavaliação das expectativas e uma revisão no plano de investimentos", diz o economista Renato da Fonseca, gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da CNI. Redução de custos De acordo com o economista, também houve aumento no percentual de empresas que pretendem investir em redução de outros custos e em mais eficiência no uso de insumos. "A gente está vendo que o Brasil tem uma crise menor que no resto do mundo, mas ainda há dúvida sobre o impacto dessa crise aqui dentro. Então você começa a focar seu investimento não em expansão, mas em eficiência, senão a empresa acaba sendo expulsa do mercado." De acordo com a CNI, a maior parte das empresas (73%) vai investir mais para atender o mercado interno, em detrimento das exportações. O percentual dos que planejam investir para exportar caiu de 4,6% para 3,3%. O restante das empresas espera atender igualmente os dois mercados. A incerteza em relação à economia é apontada por 75% das empresas brasileiras como o principal fator que pode frustrar os investimentos previstos para 2009. Também foram apontados outros fatores relacionados à crise, como reavaliação da demanda e problemas com custo e escassez de crédito. De acordo com a pesquisa, em 2008, os mesmos fatores levaram as empresas a adiar os investimentos programados. No ano passado, apenas 42% realizaram os investimentos planejados. Outras 44% gastaram apenas parte do programado. As outras cancelaram ou adiaram seus investimentos.

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