Economia

Bolsas em NY caem com efeito negativo de indicadores econômicos

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postado em 20/02/2009 12:14
As Bolsas americanas abriram em baixa nesta sexta-feira (20/02). Os investidores continuam sem perspectiva de ver uma melhora na situação da economia americana. Em meio à recessão em que o país se encontra desde dezembro, a alta dos preços ao consumidor, impulsionada pelos preços da energia, não foi recebida como bom sinal. Ontem, o índice Dow Jones Industrial Average (DJIA) terminou o dia no patamar mais baixo desde outubro de 2002. Às 12h05 (em Brasília), a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York) estava em baixa de 1,07%, indo para 7.386,38 pontos no DJIA, enquanto o índice S 500, também da Nyse, estava em baixa de 0,93%, indo para 771,69 pontos. A Bolsa Nasdaq operava em baixa de 0,12%, indo para 1.441,08 pontos. O Departamento do Trabalho dos EUA informou ontem que o número de pessoas recebendo regularmente o seguro desemprego está em 4,99 milhões, marcando a quarta semana consecutiva de nível recorde. Além disso, o instituto de pesquisa Conference Board informou, também ontem, que, mesmo com uma melhora no índice dos principais indicadores econômicos dos EUA - alta de 0,4%, para 99,5 pontos em janeiro -, o cenário da economia americana permanece fraco. "Embora o indicador tenha subido nos últimos dois meses, ainda é cedo para dizer se a contração que teve início em 2007 está chegando ao fim", informou o Conference Board, em um comunicado. Hoje, o departamento informou que os preços ao consumidor nos EUA subiram 0,3% em janeiro. O indicador ficou dentro do esperado pelos analistas, mas o núcleo excedeu as previsões - no mês, a alta foi de 0,2%, contra expectativa de 0,1%; nos 12 meses, a alta foi de 1,7%, contra alta de 1,5%. Nesta semana, o Federal Reserve (Fed, o BC americano) divulgou a ata da reunião de política monetária de janeiro. Segundo o documento, a retomada gradual da atividade econômica nos EUA só deve começar no terceiro trimestre deste ano, quando a economia começar a responder aos estímulos fiscais, à queda nos preços da energia e aos esforços contínuos para estabilizar o setor financeiro e ampliar a disponibilidade de crédito. Além disso, o BC americano avaliou que o desemprego no país deve crescer "substancialmente" até o início 2010, quando então deve começar a ceder e seguir em ritmo moderado de redução ao longo do ano. Sobre o mercado imobiliário, os membros do comitê não viram sinais de estabilização. Pacotes Os investidores têm mostrado pouco entusiasmo com as medidas do governo dos EUA para tentar reverter o quadro de recessão. O presidente americano, Barack Obama, anunciou nesta semana um programa para ajudar mutuários em risco de perder suas casas devido á inadimplência em suas hipotecas. O pacote para socorrer os mutuários americanos estava orçado inicialmente em US$ 50 bilhões (cerca de R$ 115 bilhões), mas a proposta de Obama prevê um montante de US$ 75 bilhões para financiar, inicialmente, entre 3 milhões e 4 milhões de "proprietários responsáveis". Dentro do pacote, a Fannie Mae e Freddie Mac - principais empresas de hipotecas dos EUA -, que estão sob intervenção federal desde setembro de 2008, receberam um aumento na ajuda que o governo já havia destinado a ambas no ano passado. Inicialmente, cada uma receberia US$ 100 bilhões para evitar que quebrassem. O valor, dentro do novo programa para o setor imobiliário, foi elevado para US$ 200 bilhões para cada uma. Além disso, o presidente também assinou o pacote de US$ 787 bilhões. A projeção do governo é criar ou preservar 3,5 milhões de empregos nos próximos dois anos, 90% dos quais no setor privado. Além disso, 40% do pacote - cerca de US$ 312 bilhões - irão auxiliar diretamente famílias americanas de classe média. O pacote prevê, entre outras medidas, US$ 116 bilhões em benefícios fiscais para 95% dos americanos, que devem chegar ao bolso do contribuinte na forma de descontos menores nos salários. Os cortes de impostos devem ser de até US$ 400 por contribuinte e de até US$ 800 por casal que fizer a declaração de impostos em conjunto, e será concedido em uma escala que varia conforme os ganhos do contribuinte.

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