Economia

UE diz que está apoiando financeiramente novos países-membros

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postado em 20/02/2009 17:18
A CE (Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia) afirmou nesta sexta-feira que está oferecendo um grande apoio financeiro aos novos países-membros para lidar com a crise e pediu às instituições financeiras multilaterais, em especial ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e ao Banco Mundial, que também façam isto. A crise financeira atinge com força as economias de alguns dos novos membros da CE cujas divisas estão sendo castigadas nos mercados e onde o setor financeiro --muito vinculado ao dos antigos Estados-membros-- corre sério risco de queda. O comissário europeu de Assuntos Econômicos e Monetários, Joaquín Almunia, afirmou que a UE está atuando "com as ferramentas que tem a sua disposição" --os fundos estruturais, os créditos do BEI (Banco Europeu de Investimentos) e a assistência direta para equilibrar o balanço de pagamentos nos casos mais extremos. Assim, indicou que as transferências de fundos estruturais para os 12 novos membros da CE chegarão a 7 bilhões de euros este ano, enquanto o BEI concederá empréstimos de 11,5 bilhões de euros (3,3 bilhões de euros a mais que em 2008). Além disso, após conceder a Hungria e Letônia créditos por um valor total de 9,3 bilhões de euros para lhes ajudar a superar seu desequilíbrio corrente, a UE decidiu aumentar a dotação deste instrumento de 12 bilhões para 25 bilhões de euros. "Aos que pedem à UE que faça mais, lhes aconselho que olhem estes números", declarou o comissário, que também ressaltou o papel estabilizador e de proteção ante a crise que o euro está enfrentando, tanto para os parceiros da moeda única como para o resto dos Estados-membros. Considerou que também o setor particular deve apoiar seus próprios investimentos nestes países e encorajou os bancos dos antigos Estados-membros para usar as injeções de capital que estão recebendo para sustentar suas filiais nestes países. Também deixou claro que as instituições financeiras multilaterais teriam que ser "mais ativas". Neste contexto, Almunia explicou que a CE está pedindo aos países-membros do FMI, incluídos os Estados-membros que gozam de uma situação mais saneada, que aumentem suas contribuições para esta entidade para que possa oferecer financiamento para as economias em dificuldades.

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