postado em 20/02/2009 20:59
As mulheres responsáveis por fazer atradicional tapioca, alimento de origem indígena a base de fécula de mandioca, não sentiram os efeitos da crise financeira internacional nas vendas Em Olinda, no Alto da Sé, as tapioqueiras, como são chamadas estas cozinheiras, relataram Agência Brasil queo movimento de venda não sofreu redução.
"Estou aqui há 30 anos e ainda não tenho nada do que reclamar. O povo continua comprando do mesmo jeito que nos anos anteriores", disse dona Edite Felipe de Oliveira. Em sua barraca, as pessoas costumam pagar até R$ 5 por uma tapioca de queijo com atum. "Ainda não tenho como falar se este ano será bom, em comércio a gente nunca sabe. Na Quarta-feira de Cinzas terei uma resposta para dar sobre o movimento", afirmou.
Perto da barraca de dona Edite, a tapioqueira conhecida apenas como dona Bia disse que "o povo gosta de chorar de barriga cheia". "O povo ganha dinheiro demais e diz que ganha pouco". Dona Bia ressaltou que o movimento está bom e que as pessoas não deixam de comprar sua tapioca com queijo ao preço de R$ 4.
Dona Maria José Barbosa Martins é neta de índios e aprendeu a fazer tapioca em casa. Na sua barraca, no Alto da Sé, ela vende a guloseima recheada com franco com catupiry, calabresa, leite condensado e brigadeiro. "Estou vendendo, mas não tão bem como antigamente". Ela, que também produz artesanato, conta que as lembrancinhas de Olinda estão sendo mais procuradas que a tapioca. "Estou com esperanças de que no carnaval o movimento melhore", disse.