Economia

Asean quer enviar 'sinal forte' em reunião sobre crise

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postado em 22/02/2009 15:59
Os ministros das Finanças da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), China, Japão e Coreia do Sul se reuniram neste domingo (22/02) na ilha de Phuket (Tailândia) para enviar um "sinal forte" frente à crise financeira internacional. A reunião abordará uma proposta bilionária para a adoção de uma linha de crédito destinada a ajudar os países da Asean a lidarem com a crise, que seus membros querem ampliar de 80 para 120 bilhões de dólares. "A reunião enviará um sinal muito forte ao mundo de que estamos comprometidos a aliviar o desaquecimento econômico global", declarou o ministro tailandês das Finanças, Korn Chatikavanij. "Os ministros das Finanças de todos os países precisam trabalhar para encontrar as bases, as soluções mais eficazes e as medidas para afastar a incerteza subjacente", afirmou. Ministros e altos funcionários da Asean (Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã) se reuniram com os titulares das Finanças chinês e sul-coreano e com um alto oficial japonês. O secretário-geral da Asean, Surin Pitsuwan, disse que o fundo regional será empregado para ajudar os membros "afetados" pela crise, que está atingindo em cheio a Ásia devido às grandes dificuldades enfrentadas por seus grandes sócios comerciais, Estados Unidos e Europa. "É um dos mecanismos. Não é para substituir ou competir com o FMI (Fundo Monetário Internacional), mas será uma alternativa para os países asiáticos", disse Surin à TV tailandesa. "Se se concretizar, será um dos progressos mais tangíveis da Asean", afirmou. Os membros da Asean, China, Japão e Coreia do Sul estabeleceram depois da crise financeira asiática de 1997-1998 um sistema de trocas bilaterais de divisas conhecido como Iniciativa de Chiang Mai para prevenir uma nova tempestade econômica. As nações asiáticas pretendem agora estender esse acordo e criar um fundo multilateral que serviria para afastar a ameaça de perdas maciças de empregos e de um duro golpe no crescimento robusto, porém recente, das economias emergentes da região. Negociadores regionais haviam discutido até o ano passado a aprovação de um fundo de 80 bilhões de dólares, mas agora a cifra discutida chega a 120 bilhões. A situação atual "exige uma cooperação mais forte entre os países da Asean. Creio que a Iniciativa de Chiang Mai e sua multilateralização é um exemplo primordial desses esforços de colaboração", declarou o ministro das Finanças sul-coreano, Yoon Jeung-Hyun. Os resultados da reunião deste domingo serão submetidos à cúpula anual da Asean, que começará no dia 27 de fevereiro na cidade litorânea Hua Hin de Tailândia, país que ocupa a Presidência interina da associação de nações.

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