postado em 22/02/2009 18:46
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, encerrou sua visita a Pequim, com o apelo para que o governo chinês continue a comprar títulos do Tesouro emitidos pelos Estados Unidos.
Em dezembro, Pequim tinha US$ 696,2 bilhões de papéis soberanos de Washington em seu poder, um aumento de 46% em relação ao ano anterior e o equivalente a 22,3% do total de US$ 3,12 trilhões. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos são o principal destino individual das exportações chinesas, com 19% do montante de US$ 1,22 trilhão vendido a outros países em 2008.
Hillary ressaltou que a recuperação norte-americana é de interesse dos chineses. "Ao continuar a apoiar os instrumentos do Tesouro americano, os chineses estão reconhecendo nossa interconexão. Nós vamos realmente nos levantar ou cair juntos. Estamos no mesmo barco e, ainda bem, estamos remando na mesma direção", afirmou.
O combate à crise mundial e a cooperação no enfrentamento do aquecimento global foram os dois principais temas da visita de Hillary a Pequim, que também passou por Japão, Indonésia e Coreia do Sul.
Nos quatro países asiáticos que visitou nos últimos sete dias, a ex-candidata à Presidência dos EUA fez questão de incluir na agenda encontros e atividades com cidadãos comuns, em um esforço de relações públicas para resgatar a imagem de seu país no exterior. Hillary falou a estudantes no Japão, Coreia e Pequim, participou de um chat na China e foi a um programa popular de TV na Indonésia. Segundo a secretária, o contato direto com a população é um dos elementos da estratégia que ela batizou de "smart power" (poder inteligente), na busca de consenso em torno de problemas globais.