postado em 25/02/2009 11:53
O grupo financeiro Itaú-Unibanco anunciou nesta quarta-feira (25/02) que teve um lucro de R$ 10 bilhões pelo critério "pro-forma" no ano de 2008, ante ganho de R$ 11,921 bilhões no exercício anterior. Pelo critério contábil, mais rigoroso, o resultado da fusão, anunciada em novembro, foi de R$ 7,803 bilhões, ante R$ 8,474 bilhões em 2007, o que significa um decréscimo de 7,9%.
Somente o Itaú teve um lucro de R$ 7,71 bilhões ante R$ 7,17 bilhões no exercício anterior, em um incremento de 7,51%. Já o Unibanco apurou resultado de R$ 2,85 bilhões ante R$ 2,60 bilhões em 2007, o que significa um avanço de 9,7%.
A carteira de crédito do novo banco múltiplo atingiu R$ 271,93 bilhões no exercício de 2008, número 34% superior às operações registradas em 2007. Os empréstimos para empresas totalizavam um saldo de R$ 153,46 bilhões no final de ano passado, em um crescimento de 41,9%. Nesse carteira, o destaque fica por conta para as operações dirigidas para grandes empresas (saldo de R$ 100,84 bilhões), em que houve um avanço de 41,2%.
Nas operações para pessoas físicas, com saldo de R$ 93,17 bilhões, o incremento foi de 24,3%. O destaque dessa carteira foi a parcela dirigida para o financiamento de veículos (saldo de R$ 47,85 bilhões), em que houve um crescimento de 35,8%.
O novo banco, com ativos calculados em R$ 632,7 bilhões, registrou um base de 590.467 clientes, o que é número 17,4% maior que a base de correntistas do exercício anterior. O montante de depósitos à vista remonta a R$ 28 bilhões, em um decréscimo de 26,9% sobre o número apurado em 2007. Os depósitos a prazo, no entanto, mais que dobraram (206,2%) e alcançaram R$ 118,9 bilhões.
Ações
Em comunicado para o mercado, a diretoria do Unibanco-Itaú também informou hoje que as ações do banco Unibanco e da holding serão convertidas para as novas ações do conglomerado financeiro. O papel mais movimentado pelos investidores, a "unit" (recibo de ações) será trocada na proporção de 1,73 por 1. Ainda de acordo com o comunicado, as sobras decorrentes das frações de ações devem ser leiloados na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e posteriormente creditadas na conta do acionista.