postado em 25/02/2009 18:42
As perdas acumuladas da semana passada não pouparam a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) de um novo dia de queda no pregão desta quarta-feira (25/02). Com expediente mais curto (somente cinco horas) e bolsas americanas em baixa, os investidores optaram pela ponta de venda, com destaque para as ações da Vale, que desabaram quase 5%. O câmbio fechou a R$ 2,37, num dia de poucos negócios.
O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, encerrou o dia em baixa de 1,25%, aos 38.231 pontos. O giro financeiro foi de R$ 2,37 bilhões, um volume considerando significativo considerado que o pregão teve início somente às 13h (hora de Brasília). Neste mês, a Bolsa soma retração de 2,31%.
A ação preferencial da Vale, que sozinha movimentou R$ 439 milhões, desabou 4,64%. Os ganhos da ação da Petrobras (1,82%), que girou outros R$ 447 milhões, limitaram o descrécimo do Ibovespa.
O dólar comercial foi cotado a R$ 2,375, em alta de 0,71% sobre a cotação anterior. A taxa de risco-país marca 410 pontos, número 1,41% abaixo da pontuação anterior.
Dia e últimos dias
As primeiras notícias do dia não foram animadoras para os investidores: o instituto privado NAR comunicou uma queda histórica nas vendas de imóveis usados nos EUA, com uma contração de 5,3% em janeiro, a pior desde 1997. No front doméstico, o conglomerado financeiro Itaú-Unibanco divulgou hoje que o lucro líquido foi de R$ 7,803 bilhões no exercício de 2008, abaixo dos R$ 8,47 bilhões registrados em 2007.
O Boletim Focus, preparado pelo Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas do setor financeiro prevê uma taxa Selic ainda menor no final deste ano - de 10,50% ao ano para 10,38%.
Entre os eventos mais importantes dos últimos dois dias, o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, declarou ontem que a recessão que castiga a economia americana desde 2007 terá um fim ainda neste ano. Para o titular do Fed, o ano de 2010 será um ´ano de recuperação´. Ainda ontem, o instituto privado de pesquisa Conference Board revelou que o índice de confiança do consumidor americano caiu para o seu menor nível desde 1967 (início da série histórica).